JOGO DE BUZIOS PREVISÕES PARA 2014 - PREPARE-SE PARA O SEU SUCESSO

ODESI IFA ABABLAWO IBUALAMO ILÊ ASÉ


CONSULTA DO JOGO DE BUZIOS                                      O ORACULO DE ORUMILA ATRAVEZ DOS BABALAWOS
A SABEDORIA  ATRAVEZ DA ORIENTAÇAO DE IFA




   

                                 

Oloduma O Deus Supremo
 Na mitologia Yoruba, Olodumare (Edumare ou Oloddumare)
É um Deus que se apresenta como uma força criativa que estabeleceu a existência e o Universo. Em algumas nações acredita-se que este é o verdadeiro criador do mundo, ser supremo somente abaixo de Olorum.

Deus possui muitos nomes, sendo o mais antigo Olodumare ou Edumare.
A palavra Olodumare constitui contração de 0% dumare (maré), o que significa Olo senhor da parte principal líder absoluto, chefe, autoridade Odu = muito grande, recipiente profundo, muito extenso pleno, maré = aquele que permanece aquele quem sempre é maré, aquele que é absolutamente perfeito, o supremo em qualidades.


Alguns outros nomes de Olodumare Deus são:
Olorun – O senhor do céu.
Orise – Contração do ori (cabeça).

Olofin Orun – Rei do céu.


São atributos do ser supremo único, criado rei onipotente, transcendente Juiz e eterno;
É considerado Oyigiyigi ato aiku o poderoso durável inalterável rocha que nunca morre, Não recebe cultos diretamente, porém sempre que uma divindade é cultuada a oração inicia por axé, para que Deus aceite o pedido.


Olodumare é infinito

Assim olodumare é infinito, ou seja, tem todas as perfeições em sumo e ilimitado grau.

A natureza é um conjunto indivisível no qual tudo está contido- a totalidade do universo está presente em todas as partes e em todos os tempos que possam ser considerados. Sem dúvida alguma, existe uma interação completa e misteriosa entre todos os elementos do universo e essa interação une o universo numa única totalidade.
Tudo que ocorre em nosso pequeno mundo está em relação com a imensidão cósmica, como se cada parte de qualquer mundo considerado contivesse em si a totalidade do universo. Conclui-se que todo e a parte são uma única e mesma coisa.

Tudo reflete todo resto. Cada região do espaço, por menor que seja contém a configuração completa do conjunto. O que quer que aconteça na terra é ditado por todas as hierarquias das estruturas do universo.

ORI
Para os yorubanos a palavra Ori tem vários significados.

Primeiro é o senhor do corpo inteiro, isso porque dele pode-se perceber: olhos, boca, nariz, ouvido, celebro que toma conta de todo o organismo.

Assim o senhor desta divindade tão importante chama-se Olori (senhor ou proprietário de todo Ori.

Isto significa que Orí é sem dúvida o senhor de tudo e para supera-lo só mesmo o próprio Olodunmare (senhor supremo) do destino e criador de todas as coisas no mundo físico e também espiritual, deste modo é superior a Ori e assim Olodunmare é criador também do Orí.
No corpo humano Orí (cabeça) se divide em dois: cabeça física onde se encontra o cerebro que usamos para pensar e o cerebelo para controlar o corpo e é o nosso guardião mesmo em estado de inconsciência. Em conclusão o corpo depende de seu ori (cabeça).

De outra forma o ori espiritual dividi-se também em dois sendo:
Ápárí InÚ ( parte externa espiritual do próprio Orí e Orí Apere que seria o Deus individual de cada pessoa, representando o destino que cada pessoa carrega.

REPENSANDO NAÇÕES E TRANSNACIONALISMO

Temos visto recentemente centenas de escritos sobre o nascimento recente de comunidadesculturais, econômicas, políticas e sociais que transcendem, transbordam e atravessam as fronteiras de múltiplas nações. Os defensores desta idéia tendem a identificar o começo do fenômeno com alguma transformação relativamente recente.
A tentativa nessa matéria é estender as referências teóricas da amplitude do negro africano à afro descendente na maior imigração transoceânica na história da humanidade data +- à partir do Sec.XV, Foi com certeza mais ampla do que a imigração dos europeus para as Américas ocorrida no mesmo período.

Ainda hoje, muitos descendentes daqueles africanos raptados se reconhecem como integrantes de “nações” diaspóricas,

Para usar um termo que é especialmente comum na América Latina, como existem também as naciones arará, congo e lucumí em Cuba, assim como as nações jeje, congo-angola e nagô no Brasil. De modo um pouco diferente, verifica-se a existência das nachons rada, congo e nago no Haiti.

Segundo o modelo convencional de Nina Rodrigues, Arthur Ramos, Melville J. Herskovits e, em Cuba, de Fernando Ortiz, essas nações eram grupos étnicos africanos que foram levados para o Novo Mundo e, até certo ponto, lá “sobreviveram”.
Observando sempre que: Essas nações eram frequentemente agrupamentos impostos a diversos povos e as distintas ordens de categorias políticas, lingüísticas e culturais que foram unificados primariamente com propósitos comerciais dos traficantes de escravos que conforme alguns estudiosos chamam essas nações, ou categorias étnicas, de “trademarks”, ou “marcas registradas”.
Isto não quer dizer que esses agrupamentos não possuíssem afinidades culturais ou potencialmente políticas. Suas afinidades reais, imaginadas ou potenciais estavam entre as razões que fizeram com que acabassem sendo reunidos de modo similar no Haiti, em Cuba e no Brasil — para não falar no restante da América Latina.
Essas nações ainda vivem de acordo com as denominações dos vários templos das religiões afro-cubana e afro-brasileira, como o Candomblé, e dos vários deuses e ritmos de tambor sagrados em Cuba, no Brasil e no Haiti.
A história parece simples quando imaginamos essas nações no final do século XIX, e hoje em dia, como sendo nada mais do que memórias esmaecidas do passado, como “folclore” de certo modo diferente e desligado da realidade única da nação territorial. Argumenta-se que essas nações eram originalmente “nações políticas africanas”, mas foram “aos poucos perdendo sua conotação política para se transformar num conceito quase exclusivamente teológico e ritual”

A história do termo “nação” não começou com o tráfico de escravos nem sequer com a formação da nação territorial, ocorreu no final do século XVIII, pois desde muitos séculos, e sim por imposições de cognatos nas línguas européias têm o sentido de um grupo de pessoas ligadas nitidamente pela ascendência, língua ou história compartilhadas a ponto de formarem um povo distinto”.
O que interessa especificamente nisso tudo é o paralelo de dois usos rivais do termo, os dois coincidindo com a colonização européia das Américas. Argumentando que a nação territorial nas Américas emergiu não só de um diálogo isolado com a Europa, mas também fortemente de um diálogo com as nações transatlânticas e territoriais geradas pela colonização africana desses continentes.
A NAÇÃO “VOODOO”
 O termo voodoo em inglês vem da palavra vodun, que significa“divindade” ou “deus” no grupo dialetal ewe-gen-aja-fon do Golfo daGuiné — a oeste da localização contemporânea dos yorùbá. Há muitos séculos, saíram várias dinastias da cidade de Tado, atualmente no Togo.

Tais dinastias fundaram os reinos de Allada,
Dahomé e Hogbonou ou Porto-Novo.
Elas e seus súditos acabaram por falar diversos dialetos. Como súditos de diversos reinos, esses grupos não pertenciama nenhum grupo politicamente unido. De fato, achavam-se muitas vezes em guerra uns contra os outros. 

Durante o século XVII e começo do XVIII, o reino de Allada dominava o comércio com os europeus nessa região. A oeste achava-se o famosíssimo Castelo de São Jorge da Mina, o qual desempenhou um papel importante no comércio afro-europeu. Nesse período, traficantes de escravos e viajantes europeus identificaram vários povos adoradores dos voduns e chamaram-nos coletivamente de “Ardra/Arder/Ardres” (do nome do reino de “Allada”) e “Minas” (do nome do Castelo de São Jorge da Mina).

Em seguida, encontram populações no Haiti chamadas de “Rada” e em Cuba de “Arara”. No Brasil e na Louisiana francesa foram denominadas “Minas”.

No entanto, em certo momento, em meados do século XVIII, no Brasil, esses mesmos povos adoradores dos voduns passaram a ser conhecidos como

“Jejes”. Sendo este nome um mistério. Embora os falantes de ewe, gen, aja e fon tivessem sido embarcados em maior número antes de 1800, não foi encontrada nenhuma menção a esse nome no Golfo da Guiné até 1864, depois do fim efetivo do tráfico de escravos.

O termo “jeje” aparece nos documentos brasileiros a partir de 1739, embora esteja ausente da cartilha escrita no Brasil por Peixoto (1943-44). A adoração dos deuses vodun deixa pouca dúvida de que a sua religião veio da zona entre o Castelo de São Jorge da Mina.

Estabeleceu-se a tradição etimológica brasileira de identificar a palavra “ewe” — o nome do dialeto falado agora no sudoeste de Togo e no sudeste de Gana — como a origem do termo “jeje”, que hoje em dia designa o dialeto do povo “mina” do Togo e do sudoeste do Benin.
Até hoje, a maioria dos terreiros da nação jeje auto declara-se “marrim”(mahi) (maxi) ou “savalu”. Essa proeminência histórica dos Maxi na Bahia ajuda a entender a raridade da cobra na religiosidade baiana no final do século XIX.

Os Maxi no Golfo da Guiné praticaram pouco a adoração do deus-serpente. Mas como se explica a ascensão do deus-cobra na Bahia no século XX ?

É considerado que a comunicação no começo deste século entre a Bahia e o Golfo da Guiné implica o ressuscitamento da nação jeje e a adoção por parte da mesma do deus-serpente como seu emblema. Os famosos marrins baianos que regressaram à África e mantiveram contato com a Bahia normalmente, estabeleceram os seus quartéis-generais não na terra interior dos Maxi, mas no litoral, onde a adoração do deus-serpente era central na religião dos nativos.
A TRADIÇÃO JEJE:
O VODUN JEJE SOGBÔ E A PROVA DE ZO

A tradição dos povos fons que aqui no Brasil foram chamados de Adjeje ou Jeje pelos yorubás, requer um longo confinamento quando na época de iniciação.

Essa tradição Jeje exigia de 06 (seis) meses ou até 01 (um) ano de reclusão, de modo que o novo vodun-se aprendesse as tradições dos voduns: como cultuá-los, manter os espaços sagrados, cuidar das árvores, saber dançar, cantar, preparar as comidas e um artesanato básico necessário a implementos materiais dos diferentes assentos, ferramentas e símbolos necessários ao culto.

Para os povos Jeje, os voduns são serpentes que tem origem no fogo, na água, na terra, no ar e ainda tem origem na vida e na morte. Portanto, a divindade patrona desse culto é Dan ou a "Serpente Sagrada".

Para o povo Jeje os Voduns são serpentes sagradas e sendo as matas, os rios, as florestas o habitat natural das cobras e dos próprios voduns. O ritual Jeje depende de muito verde, grandes árvores pois muitos voduns tem seus assentos nos pés destas árvores.
Outra particularidade deste culto é de que quando as vodun-ses estão em transe ou incorporadas com seu vodun: os olhos permanecem abertos, ou seja, os voduns Jeje abrem os olhos, diferente dos orixás dos yorubás, que mantém os olhos sempre fechados.
É comum no culto Jeje provar o poder dos Voduns quando estes estão incorporados em seus iniciados. Uma destas provas é a prova chamada Prova do Zô ou Prova do Fogo do vodun Sogbô, que governa as larvas vulcânicas e é irmão de Badé e Acorombé, que comandam os raios e trovões.
A seguir, cita-se uma Prova do Zô feita com uma vodun-se feita para Sogbô, um vodun que assemelha-se ao Xangô do Yorubás:
Num determinado momento entra no salão uma panela de barro, fumegante, exalando cheiro forte de dendê borbulhante, contendo dentro alguns pedaços de ave sacrificada para o vodun. Sogbô adentra o salão com fúria de um raio, os olhos bem abertos (que como expliquei é costume dos voduns) e tomando a iniciativa vai até a panela, onde mergulha as mãos por algum tempo. Em seguida, exibe para todos os pedaços da ave. É um momento de profunda emoção gerando grande comoção por parte dos outros iniciados que respondem aquele ato entrando em estado de transe com seus voduns.
CONCLUSÃO
O caso das nações afro-latinas compromete a lógica primordialista da história convencional dos grupos étnicos africanos, mas fala da literatura recente sobre a nação e o transnacionalismo. Mas demonstra que comunidades diaspóricas, poderosamente imaginadas, desenvolviam-se ao mesmo tempo que a nação territorial. E o fato que essas “nações” diaspóricas criaram um vocabulário paralelo ao da nação territorial.
Uma das chaves do sucesso extraordinário dessas nações diaspóricas é que muitas pessoas negras e mulatas não achavam convincente, de jeito nenhum, a“imaginação” da sua cidadania na nação territorial. Consideravam-se, freqüentemente, excluídos dos direitos e priachavam mais impressionantes e convincentes as formas de inclusão, imaginário literário e pompa associados com as nações diaspóricas. Ademais, essas pessoas negras e mulatas não estavam sozinhas nessa preferência; muitos brancos também aderiram e continuam aderindo a tais circunstâncias.


No passado, muitos antropólogos, historiadores e outros estudiosos da cultura negra tenderam a supor que os cativos africanos nas Américas se originaram de grupos étnicos africanos cujas culturas preexistentes “sobreviveram” na diáspora até elas desaparecerem aos poucos pelo processo de assimilação.
Ao contrário, os grupos africanos e afro-americanos mais importantes são transatlânticos na sua gênese. Embora supostamente primordiais certos grupos étnicos na África não teriam existido senão pelos esforços dos regressados da diáspora. O grupo étnico jeje é um desses casos que estende a duração do fenômeno cultural e politicamente transformador, que é atualmente chamado de“transnacionalismo

Vale observar que o mais marcante das singularidades africanas é o fato de seus povos autóctones terem sido os progenitores de todas as populações humanas do planeta, o que faz do continente africano o berço único da espécie humana.
Os dados científicos que colaboram tanto as análises do DNA mitocondrial quanto os achados paleoantropológicos apontam constantemente nesse sentido”.

Orixás - Olodumare é o Deus supremo do povo Yoruba,

Que criou as divindades chamadas Orixá para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses.


Exu, Orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
Ogun, Orixá do ferro, guerra, fogo, e tecnologia.
Oxóssi, Orixá da caça e da fartura.


Ogunedé, Orixá jovem da caça e da pesca
Xangô, Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.

Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas e pragas.

Oxumaré, Orixá da chuva e do arco-íris.

Ossaim, Orixá dos remédios, conhece o segredo de todas as folhas.

Oyá ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger

Oxum, Orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios, e amor.
Iemanjá, Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás.

Nanã, Orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê.

Ewá, Orixá feminino do Rio Ewá.

Obá, Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô

Axabó, Orixá feminino da família de Xangô

Ibeji Orixá dos gêmeos

Irôco, Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).

Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.

Onilé, Orixá do culto de Egungun

Omolu, Orixá da terra e da saúde

Oxalá, é um nome genérico para vários Orixás Funfun (branco)

OrixaNlá ou Obatalá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do mundo e dos corpos humanos

Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, Orixá da Adivinhação e do destino.

Odudua, Orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.

Oranian, Orixá filho mais novo de Odudua.

Baiani, Orixá também chamado Dadá Ajaká.

Olokun, Orixá divindade do mar.

Oxalufon, Orixá velho e sábio.

Oxaguian, Orixá jovem e guerreiro.

Orixá Oko, Orixá da agricultura.
COMO SURGIU O JOGO DE ORUNMILÁ IFÁ

Como prova de sua indispensabilidade é importante mencionar que, quandoOrúnmilá foi enfurecido por um de seus filhos, deixou a terra e foi para o céu. Com a ausência de Orunmila na terra surgiram grandes problemas, a ordem natural de todas as coisas e atividades inverteram-se, quando então, todas as pessoas reclamavam e buscavam alternativas para paz e normalidade.

Orunmilá, finalmente, desceu do céu à terra e deixou Ikin (caroço sagrado) a seus filhos, para o representar, servindo também para encontrar soluções para todos os problemas na terra.
“Assim, o Ikin é mais que um simples caroço que as pessoas vêem, ele possui extrema importância na transmissão do conhecimento de Orunmila para homens e deuses”.

IFÁ é a forma de adivinhação apresentada por Orunmila Ifá.                           Existem várias formas de jogo de Ifá, Orúnmila Ifá é uma dessas formas. Orunmila-Ifá é um dos nomes da divindade de Ifá; é certamente o sistema tradicional mais seguro para a confirmação do òrìsà do consulente, isto porque, Orunmilá está presente quando da criação doser humano, e por este motivo é conhecido como Eléríí Ipín (testemunha a criação). Ele é o segundo braço de Olódúnmaré (Deus criador), é por isso que o babalawoquando joga interpreta as lendas indicadas pelo Odu de Ifa, para dar respostas ao consulente, de acordo com a queda do Opele-Ifá.


Búzios jogo de búzios (èrindinlógun) é uma das artes divinatórias das Religiões Afro-brasileiras, que consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afectam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.

No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelos Babalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas. Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países.


Merindinlogun é um dos muitos métodos divinatórios utilizado pelos Babalawos, Babalorixás e

Iyalorixás que conta com 16 búzios. É um método diferente do jogo de búzios, pois nele ocorre a interpretação das caídas dos búzios de acordo com a mitologia iorubá.

No merindilogun, as caídas são dadas conforme a quantidade de búzios abertos e fechados resultante de cada arremesso. Para cada quantidade de búzios abertos e fechados, corresponde um Odù e como ocorre no Opele-Ifá, esse odù deve ser interpretado, transmitindo-se ao consulente tanto o significado da caída, quanto o que deve ser feito para solucionar o problema.

Cada odù indica diversas passagens da mitologia iorubá.
Odu é um conceito do orixa.
No sistema Ifá, que é o sistema de adicinhação iorubá, os 16 odus são os caminhos da vida. Cada pessoa tem o seu o
OS DEZESSEIS PRINCIPAIS ODU DE IFÁ
QUE SÃO MAIS USADOS NO JOGO
ÉJI ÓGBE
ÓYÉKÚ MÉJÍ

IWÓRÍ MÉJÍ ODÍ MÉJÍ
ÓBÁRÁ MÉJÍ ÓKÓNRÓN MÉJÍ
ÍRÓSÚN MÉJÍ OWÓNRÍN MÉJÍ
ÓGÚNDÁ MÉJÍ

ÓSÁ MÉJÍ

OTURUPÓN MÉJÍ
IRÉTÉ MÉJÍ                                                                                                                                  ÓTURÁ MÉJÍ
ÓSÉ MÉJÍ OFUN MÉJI
IKA MÉJI
 
O que é EBO?
Palavra Yorubana que significa oferenda.
Dentro do culto aos Òrísà, quando necessário deverá ser feito um ebo. Ebo, é assim que o babalawo diz depois de consultar o jogo de Opele Ifa.

Através deste jogo o babalawo pode ver qual é o Odú que rege o consulente e que tipo de energia está se manifestando no mesmo.

Tem pessoas que chegam até o babalawo. 

Com energia negativa superior,  a energia positiva, como sabemos, para que aja um equilíbrio perfeito temos que estar com a energia positiva equivalente a energia negativa.

Quando isto não ocorre,

O consulente está em desarmonia em sua vida e é aí que entra o pedido do ebo pra equilibrar esta energia. Nos Ebos feitos no culto aosorisás são usados alguns materiais como: fava, ervas, pós e até mesmo eje (sangue) de um determinado animal.

Quando do oferecimento destes Ebos.                                             São rezados alguns tipos de Àdurá, para que o òrísà escute o pedido do babalawo e receba o Ebo ali ofertado.
Ebo também é feito para agradecimento por graça alcançada pelos Òrísàs. 
E é tão importante como o Ebo de pedido, pois de pedimos alguma coisa e recebemos a graça, temos a obrigação de agradecer, pois da próxima vez o Òrísà se lembrará disto.
Egungun é um culto muito importante entre os Yorubas.
Eles são aqueles que os yorubas chamam de Ara-orun kinkin (o povo de céu). Os yorubas acreditam que os mortos devem ficar em forma de espírito entre o Orun (céu) e Aiye (terra).  
Egungun Ara Orun
Egungun Ara Aiye

Egungun Ara Orun:-

É uma forma de Egungun que existe quando a pessoa morre no tempo certo e logo ele volta para orun na forma espírito enquanto o corpo é enterrado.
Este tipo de egun geralmente não perturba muito, ele volta para terra para ajudar a família quando necessário.
Quando este egungun segue dependente do estado do odu (destino) da pessoa é determinado se ele (egungun) conseguirá ou não ajudar a família.
Por exemplo: Se a pessoa não tem odu que transforma esta energia para boa, esta energia vai acabar. Se der resultado negativo, a pessoa precisará fazer ebó para egungun para transformar esta energia em boa.
Egungun Ara Aiye:
São tipos de egungun que passaram pela morte antes do tempo estipulado pelo destino (odu), eles não ficam no orun (céu) ou aiye (terra), eles voam entre os dois e geralmente são eguns que incomodam, principalmente pessoas que  são mortas repentinamente. Este tipo de Egungun é  tão perigoso que até a família da vítima dele é perturbada.


Egungun Ara Aiyê. São tipos de egungun que passaram pela morte antes do tempo estipulado pelo destino (odu), eles não ficam no orun (céu) ou aiye (terra), eles voam entre os dois e geralmente são eguns que incomodam, principalmente pessoas que são mortas repentinamente. Este tipo de Egungun é tão perigoso que até a família da vítima dele é perturbada.
O QUE É IYAMI OSORONGA? - Iyami Osoronga:  
São entidades femininas que possuem algumas energias especiais tanto na forma positiva quanto na negativa.
Iyami Osoronga é uma convicção.
Freqüentemente herdada, às vezes adquirida por atributos orgânicos de uma pessoa. Este atributo faz com que a pessoa tenha poderes que podem prejudicar ou ajudar outros, a uma distância e através de meios de descuido. Mais adiante, a mesma convicção é que uma pessoa pode ter este poder, mas desde que ele não sinta motivos hostis contra outros, permanece dormente e não os afeta. Inveja, fúria, ódio, malícia são os tipos de sentimentos viciosos em que se fixam o poder de bruxaria, se a pessoa possuí-los isto deverá ser trabalhado.
Acredita-se que uma pessoa pode ter este poder e não terconhecimento disto,                                                                                                                                                                        Até que os sentimentos viciosos dela seja fixados para trabalhar contra os outros. Em alguns casos, bruxaria é a expressão de tensão ou o mecanismo de conflito entre duas pessoas. Então, bruxaria é um conflito de interesse entre o acusador em uma mão, e o acusado na outra.
Como dito anteriormente, os Yorubas acreditam que todos os destacamentos das coisas devem-se à própria essência delas. Para afetar uma pessoa ou situação, feiticeiros, herboristas, Babalawo, etc., extrai a essência por rituais
ILÊ-IFÉ  A ORIGEM DO MUNDO
A cidade de Ilê-Ifé é considerada pelos yorubas o lugar de origem de suas primeiras tribos. lfé é o berço de toda religião tradicional yoruba (a religião dos Òrìsà, o Candomblé do Brasil) ,é um lugar sagrado, onde os deuses ali chegaram, criaram e povoaram o mundo e depois ensinaram aos mortais como os cultuarem, nos primórdios da civilização. Ilê-Ifé é o "Berço da Terra".
Em um tempo onde os Deuses e Heróis andavam na terra com os Homens."
BA ÒRÁNGÚN DE ÌLÁ, UM DESCENDENTE DIRETO DE UM DOS SETE PRINCIPAIS FILHOS, DOS DEZESSEIS DE ODÙDUWÀ.
Olódùmarè
Olódùmarè o ser superior dos yorubas, que vive num universo paralelo ao nosso, conhecido como Òrún, por isso Ele é também conhecido como Àjàlórún e Olórun "Senhor ou Rei do Òrún", que através dos Òrìsà por Ele criado, resolve incumbir um dos Òrìsà funfun (do branco), Òrínsànlá, (o grande Òrìsà) o primeiro a ser criado, também chamado de Òrìsà-nlá e de Obàtálá, de criar e governar o futuro Àiyé : a Terra, do nosso universo conhecido. Ele lhe entrega o Àpò-Iwá (a sacola da existência) o qual contém todas as coisas necessárias para a criação, e é aclamado como Aláàbáláàse, "
Senhor que tem o poder de sugerir e realizar".          Como a tradição mandava, para todos, antes de iniciar a viagem ele foi consultar o oráculo de Ifá, com Òrúnmìlà, outro Òrìsà funfun, e este lhe orientou a fazer alguns sacrifícios a divindade Èsù, mas se ele já era orgulhoso e prepotente, mais ainda ficou, se recusou e nada fez, mas foi avisado que infortúnios poderiam ocorrer.
Òrìsànlá, de posse do Àpò-Iwá, põe-se a caminhar pelo Òrún,
Para chegar à "porta do espaço", até então um vazio, que viria a ser o Àiyé. Ele é o Òrìsà que usa um cajado ritual conhecida como òpásóró, durante o caminho, com muita sede, ele se defronta com o igi-òpé (árvore do dendêzeiro) e com o seu òpásóró, perfura o caule da árvore da qual começa a "jorrar o emu" (vinho de palma), e põe-se a beber, a tal ponto, que cai totalmente embriagado no pé da palmeira e dorme profundamente. O infortúnio começa acontecer.
Odùduwà, outro Òrìsà funfun,
o segundo criado por Olódùmarè, por conceito "irmão mais novo" de Òrìsànlá, ficou enciumado, porque Olódùmarè tinha entregado a Òrìsànlá o Àpò-Iwá, e o estava seguindo pelos caminhos do Òrún, esperando que ele cometesse algum deslize, o que de fato aconteceu. Odùduwà, encontrando-o naquele estado, apodera-se do Àpò-Iwá e leva-o até Olódùmarè, narrando o acontecido, e, por este fato, Olódùmarè delega a Odùduwà o poder de criar o Àiyé e por punição incumbe a Òrìsànlá de somente criar e modelar os corpos dos seres humanos no Òrún, sob sua supervisão e o proíbe terminantemente de nunca mais beber o emu. Odùduwà, então, cumpre a tradição e faz as obrigações, para se tornar o progenitor dos Yorubas, do Mundo : Olófin Odùduwà, o futuro Àjàlàiyé.
Desde então a relação tempestuosa entre Odùduwà e Obàtála 
Se perpetuou, ora em disputas, discórdias, controvérsias e de outras formas, mas sempre munindo a eterna rivalida
ADÉ ARÉ ODÙDUWÀ - Oba Óòni Ifé
Suposta relíquia de Odùduwà,
Seria um ou seu Ade de Óònì de Ifé, aqui sem Aré propriamente dito (lerabaixo).
O Are propriamente dito.
(acima)Este é o Ade principal do Óònì de Ifé, fotos acima, guardado em uma sala especial do Palácio Real de Ifé. O Are era originalmente somente a parte mais externa da coroa que dizem foi usada por
Odùduwà, o Are é passada de um Óònì para o outro e nunca deve ser substituído, as outras partes podem ser escolhidas livremente por cada um. O Aré se tornou o próprio nome da coroa : Adé Aré.

Óònì de Ilê-Ifé : 

Oba Adésojí Adérèmí, Atóbatélè I (02/09/1930-80), nascido em 15/11/1889, no da Familia Real de Lajodogun. Usando o Ade Are das fotos acima.

Ade Olójúmérìndilógún, é a coroa possuidora de 16 faces, que para alguns, faz alusão aos possíveis 16 filhos de Odùduwà. Pode se ver o Oba Owá usando este tipo de ade.
A FORMAÇÃO DA NAÇÃO YORUBA
À partir de alguns dos filhos ou netos de Olófin Odùduwà, Óònì de Ilê-Ifé, Oba dos Ifé e Bàbánláàwa dos Yoruba :

Uma Princesa, de nome desconhecido : filha ou neta de Odùduwà, que casou-se com um sacerdote, e foi mãe de Ajíbósìn, que se tornou o Olówu de Òwu. Ou não foi uma princesa e sim uma das esposas de Odùduwà : Omìtótó-Òsé, que foi a mãe de Ajíbósìn.
Sopasan.                                                                                        Alákétu de Kétu, filho de Odùduwà com Omonide, uma de suas esposas; ou foi filho de uma princesa, filha ou neta de Odùduwà, de nome desconhecido, ou, que se chamava Oluwunku, que se casou com Paluku e foram então os pais de Sopasan, o qual fundou, num vale do monte Òkè-Oyan, a primeira cidade dos Kétu, que se chamou Arò-Kétu. O sétimo Alákétu o Oba Ede, transferiu sua corte da então capital do reino, Arò-Kétu para uma que fundou, à atual cidade de Kétu, hoje na República do Benin.
Ajagunlà.  Òrángún de Ìlá,

Nome desconhecido. Onisabe, Reino dos Save, hoje na República do Benin.
Idekòséroàké também conhecido como Okànbí Odara : Onípòpó, Reino dos Pòpó, hoje na República do Benin.

Òrànmíyàn : Obaàbínín da cidade do Benin, destronando e o expulsando Ogìso, inicia a linhagem dos Oba no Benin, sua dinastia tem continuidade com Èwékà, seu filho com uma mulher do local, que o sucedeu após ele, Òrànmíyàn deixar a cidade.
Òrànmíyàn : Aláàfin dos Oyó, funda a cidade após a conquista da cidade do Benin. Oyó se tornou um grande Reino e mais tarde, um poderoso Império.

Àjàlekè : Aláké dos Ègbá.
Ajíbógun : Owá Obókun das terras de Ilesa - Ijesa.
Obàlùfan Aláyémore : Olùfan de Ifan .
Àjàpondà : Déji de Àkúré.
Olúgbórógan : Awùjalè das terras de Ìjèbu.
Obaràdà : Um Reino, hoje na República do Benin.
Onínàná : Um Reino, hoje na República de Gana.
Ogbè : Ajèro de Ìjero.

O Clã dos Ido, das terras de Ègbádò, hoje parte destas cidades como Pobé, Saketé e Ajase ( Porto Novo) estão na República do Benin, os Ìgbómínà.

Odùduwà
Odùduwà chegando ao Àiyé, cria tudo o que era necessário e delega poderes às divindades que o seguiram, conhecidos como os Àgbà*, para governarem a criação, e volta ao Òrún, e só retornaria quando tudo estivesse realmente concluído. Òrìsànlá, que tinha ficado no Òrún com seus seguidores, já tinha moldado corpos suficientes para povoar o inicio do mundo, vai então para o Àiyé, com seus seguidores, os Funfun*; fato que ocorre antes da volta de Odùduwà para o Àiyé. *Anexos.

Quando Olófin Odùduwà retorna ao Àiyé, funda a cidade de Ilê-Ifé, e vem a ser o primeiro Oba (rei) do povo yorubano com o titulo de "Oba Óòni", ou seja, o primeiro Óòni de Ifé, e a cidade se torna a morada dos deuses e dos novos seres.

Durante todo este tempo, Odùduwà que já estava casado com Ìyá Olóòkun, divindade feminina, responsável e dona dos mares, tem dois filhos, o primogênito, a divindade Ògún e uma filha de nome Ìsèdélè. O tempo passa, e Odùduwà, que era uma divindade negra, porém albina, incumbe seu filho Ògún de ir para a aldeia de Ògòtún, vizinha de Ifé, conter uma rebelião.
Ògún, divindade negra, senhor do ferro.
Parte para sua missão e realiza o intento, trazendo consigo Lakanje, filha do rebelde vencido. Ora, Lakanje era espólio de Odùduwà, o Óòni de lfé, portanto intocável, mas Lakanje era muito bela e extremamente sensual e Ògún não resistiu aos seus encantos e com ela teve várias noites de amor, durante sua viagem de volta. Chegando a lfé, ele entrega os espólios da conquista, inclusive Lakanje, a seu pai Odùduwà, que também não resistiu aos lindos encantos da mortal Lakanje e por ela se apaixona e acabaram por casar-se. Ògún nada tinha contado a seu pai dos fatos ocorridos e logo após o casamento Lakanje está grávida, desta gravidez nasce um filho de nome Odéde.

Só que o destino foi fatídico, Odéde nasceu metade negro,
Como a pele de Ògún e metade branco, como a pele do albino Odùduwà, revelando assim, a traição de Ògún para com a confiança do seu pai, esta situação gerou muita discussão entre Odùduwà e Ògún, mas a principal foi "quem tinha razão", ou, quem teria mais "genes" no filho em comum, Odéde, e cada um se posicionava com a seguinte frase : "a minha palavra triunfou" ou "a minha palavra é a correta", que aglutinada é Òrànmíyàn e foi assim que ele passou a ser chamado e conhecido.

Com Lakanje, uma das muitas esposas de Odùduwà
Com outras, teve ou já tinha mais seis filhos, outros dizem dezesseis, uns, um número maior ainda, enfim, alguns dos filhos destas esposas, geraram as linhagens dos Obas Yorubanos, uns foram os precursores de sete das principais tribos, ou mais, que deram origem à civilização dos yorubas, e religiosamente falando, todos os povos do mundo. Os filhos, netos ou bisnetos de Odùduwà, os deuses, semideuses e/ou heróis, formaram a base da nação yoruba, portanto Olófin Odùduwà Àjàlàiyé é aclamado como "O Patriarca dos Yorubas". *Anexo

Obàtálá (Òrìsànlá)                                                                                            Que também já estava no Àiyé com sua comitiva, mas devido a grande rivalidade com Odùduwà, foi expulso de Ilê-Ifé e funda a cidade de Ìgbò e se torna o primeiro Obà Ìgbò chamado também de Bàbá Ìgbò, pai dos ìgbòs. Numa sociedade polígama, Òrìsànlá é um caso raro de monogamia, pois a divindade Yemowo foi sua única esposa e não tiveram filhos.
Òpá Òrànmíyàn, em Ilê-Ifé, mais fotos e dados em Òrànmíyàn -

Òrànmíyàn
Após grandes vitórias, Òrànmíyàn torna-se o braço direito de seu pai em Ilê-Ifê, pois seus outros irmãos foram povoar regiões distantes, menos Obàlùfan Ògbógbódirin. Odùduwà ordena então que Òrànmíyàn conquiste terras ao norte de Ifé, mas Òrànmíyàn não consegue cumprir a tarefa e sai derrotado e, com vergonha de encarar seu pai, não volta mais a Ifé, com isso funda uma nova cidade e lhe dá o nome de Oyó, tornando-se o primeiro Oba Aláàfin de Oyó.

Casado com Morèmi, uma bela mortal ,nativa de Òfà ,que se tornou mais tarde uma heroína em Ilê-Ifé, da qual tem um filho, que recebe o nome de Ajaká. Após algum tempo, Òrànmíyàn investe em novas conquistas e volta a guerrear contra a Nação dos Tapas, onde havia sido derrotado, mas desta vez consegue uma grande vitória sobre Elémpe, na época rei dos Tapas. Por sua derrota, Elémpe entrega-lhe sua filha Torosí, para que se case com ele. Retornando a Oyó, Òrànmíyàn casa-se com Torosí e com ela tem um filho, chamado de Sàngó, um mortal, nascido de uma mãe mortal e um pai semideus, portanto com ascendentes divinos por parte de pai.

Após este período com inúmeras vitórias, a cidade de Oyó torna-se um poderoso império, Òrànmíyàn, prestigiado e redimido de sua vergonha, volta para Ilê-Ifé, deixando em seu lugar, em Oyó, o príncipe coroado, seu filho Ajaká, que torna-se o segundo Aláàfin de Oyó.

Em uma de suas conquistas, a da cidade de Benin, anterior a fundação de Oyó, Òrànmíyàn termina com a dinastia de Ogìso, o então rei, expulsando-o e assumindo o trono, tornando-se o primeiro Obabínín, e inicia sua dinastia tendo um filho, chamado Èwékà, com uma mulher do local. Antes de deixar a cidade, ele torna Èwékà como seu sucessor no trono do Benin. (Atual cidade na Nigéria, antigo Reino do Benin, não confundir com a República do Benin, antigo país chamado Daomé.)

Durante sua longa ausência em Ilê-Ifé, Obàlùfan Ògbógbódirin ,seu irmão mais velho, se tornou o segundo Óòni de Ifé, após o reinado de Odùduwà. Quando Obàlùfan morreu, e ninguém sabia do paradeiro de Òrànmíyàn, o povo de Ifé aclamou Obàlùfan Aláyémore como sucessor direto de seu pai.

Quando Òrànmíyàn chega em Ifé, Obàlùfan Aláyémore já reinava como o terceiro Óòni de Ifé, mas com um fraco reinado. Enfurecido com o povo de Ifé que haviam aclamado Aláyémore, e que o tinham chamado para combater possíveis inimigos, o poderoso guerreiro colérico ,comete varias atrocidades e só para quando uma anciã grita desesperada que ele está destruindo seus "próprios filhos", o seu povo. Atônito, ele finca no chão seu asà (escudo) que imediatamente se transforma em uma enorme laje de pedra ,num lugar hoje chamado de "Ìta Alásà" ,e decide ir embora e nunca mais voltar à Ifé.

Quando rumava para fora dos arredores de Ifé ,em Mòpá, foi interceptado pelo povo que o saudavam como Óòni de Ifé e suplicavam por sua volta. Ele então satisfeito e envaidecido ,atende ao povo e finca no chão seu òpá (seu bastão de guerreiro) transformando-o em um monólito de granito (ver foto : Òpá Òrànmíyàn) selando assim o acordo com o povo e volta em uma procissão triunfante ao palácio de Ifé.

Sabendo disso, Obàlùfan Aláyémore abandona o palácio e se exila na cidade de Ìlárá. Òrànmíyàn ascende ao trono e se torna o 4ª Óòni de Ifé até sua morte. Obàlùfan Aláyémore, retorna do exílio e reassume como o 5ª Óòni de Ifé e reina deste vez, com sucesso até a sua morte.
Adé Òrìsà, tipo de coroa real tradicional, somente usada por alguns privilegiados reis que sejam descendentes de Odùduwà. -


Ajaká
O Aláàfin de OYO, o Oba Ajaká, meio irmão de Xàngó, era muito pacifico, apático e não realizava um bom governo.
Xàngó, que cresceu nas terras dos Tapas ( Nupe), local de origem de Torosí, sua mãe, e mais tarde se instalou na cidade de Kòso, mesmo rejeitado pelo povo por ser violento e incontrolável, mas sendo tirânico, se aclamou como Oba Kòso. Mais tarde, com seus seguidores, se estabeleceu em OYO, num bairro que recebeu o mesmo nome da cidade que viveu, Kòso e com isso manteve seu titulo de Oba Kòso. Xàngó percebendo a fraqueza de seu irmão e sendo astuto e ávido por poder, destrona Ajaká e torna-se o terceiro Aláàfin de OYÓ.

Ajaká, também chamado de Dadá, exilado, sai de OYÓ para reinar numa cidade menor, Igboho ,vizinha de OYÓ, e não poderia mais usar a coroa real de OYÓ. E, com vergonha por ter sido deposto, jura que neste seu reinado vai usar uma outra coroa (ade), que lhe cubra seus olhos envergonhados e que somente irá tira-la quando ele puder usar novamente o ade que lhe foi roubado. Esta coroa que Dadá Ajaká passa a usar, é rodeada por vários fios ornados de búzios no lugar das contas preciosas do Ade Real de Oyó, e esta chama-se Ade Bayánni (ver fotos). Dadá Ajaká então casa-se e tem um filho que chama-se Aganju, que vem a ser sobrinho de Sàngó.

Xàngó reina durante sete anos sobre Oyó e com intenso remorso das inúmeras atrocidades cometidas e com o povo revoltado, ele abandona o trono de Oyó e se refugia na terra natal de sua mãe em Tapa. Após um tempo, suicida-se, enforcando-se numa árvore chamada de àyòn (àyàn) na cidade de Kòso. Com o fato consumado, Dadá Ajaká volta à Oyó e reassume o trono, retira então o Ade Bayánni e passa a usar o Ade Aláàfin, tornando-se então o quarto Aláàfin de Oyó. Após sua morte, assume o trono seu filho Aganju, neto de Òrànmíyàn e sobrinho de Sàngó, tornando-se o quinto Aláàfin de Oyó.

Com Aganju, termina o primeiro período da formação dos povos Yoruba e após seu reinado se dá inicio ao segundo período, o dos reis históricos. Vimos : "De Ifé até Oyó, de Odùduwà a Aganju, passando por Sàngó."
Adé Bayánni, tipo de coroa usada por Dadá Ajaká, durante seu exílio na cidade de Igboho. Veja este e outros ampliados em Bayánni -



Xàngó

O que notamos nesse primeiro período yorubano, é que na realidade, o que se fala de Sàngó, e a sua história nos Candomblés do Brasil, e de outros acima descritos, é incorreto, levando os fiéis a crer em fatos irreais.

Inicialmente, averiguamos que Odùduwà é um Òrìsà funfun masculino e único, é o pai do povo yorubano e não uma simples "qualidade" de Òrìsànlá ou seja, são divindades totalmente distintas, inclusive, não se suportavam, pelos fatos vistos; e que também Ìyá Olóòkun, é um Òrìsà feminino e a Dona do Mar, portanto da água salgada, é quem governa os oceanos e não o Òrìsà Yemojá, "Senhora do rio Yemojá e do rio Ògùn", divindade de água doce, e muito menos mãe de Ògún e de outros filhos Òrìsà à ela atribuídos. Notar a acentuação diferente no nome do Òrìsà Ògún e do rio, pois são palavras distintas.

Quanto a Sàngó, demonstramos que foi um mortal em sua vida no Àiyé, portanto quando morreu, tornou-se um egún, pois seus pais eram mortais. O que ocorreu em sua vida, foi que uma de suas esposas, e a única que o acompanhou em sua fuga de Oyó, era a divindade Oya, loucamente apaixonada por ele, e no instante de sua morte ela o pega com o seu poder de Òrìsà e o conduz diretamente a Olódùmarè, e por insistência de Oya, Ele o "ressuscita" como uma divindade, já que em vida, Oya, perdida de amores, ensina-lhe vários segredos dos Òrìsà, principalmente o segredo do fogo que pertencia somente a Oya, que ela lhe ensina e lhe dá este poder e outros, por paixão.

Esta afirmação é facilmente notada, pois Sàngó é a única divindade do panteão que é assentada de forma material completamente diferente, isto é, em madeira, numa gamela sobre um pilão, sua roupa ritual é composta de várias tiras de panos, coloridas e soltas, caindo sobre as pernas, que lembra perfeitamente o tipo de roupa usada pelos Bàbá Egúngún (ancestrais) e seu animal preferido para sacrifício é também o mesmo dos egún, dos mortos comum, o carneiro; existe também outras minúcias, que aqui não cabe mencionar. Leia em artigos : O Culto dos Egúngún

Nos Candomblés, citam Ajaká e Aganju como sendo "qualidades" de Sàngó, que agora sabemos isto não é possível, pois, Ajaká é seu meio irmão e Aganju é filho de Dadá Ajaká, portanto seu sobrinho, notoriamente pessoas mortais e completamente distintas, que fazem parte da família de Sàngó, mas não tiveram a honra de tornarem-se Òrìsà, mas são ancestrais ilustres. Também no Brasil, faz-se uma cerimônia chamada de "Coroa de Dadá" ou "Adê Baiani". que a coroa é levada ritualmente em uma charola durante as festas do ciclo de Sàngó chamada de Banni ou lyamasse, que representa a mãe de Sàngó. Ora, sabemos que quem usou este ade foi, Ajaká, apelidado de Dadá, de quem Sàngó lhe roubou o trono, e que a mãe de Sàngó foi Torosí, filha de Elémpe, rei dos Tapa, e que ela não tem nenhuma importância teológica, somente histórica, por ter sido mãe de um Aláàfin.

Não estamos desmerecendo e nem tampouco desprestigiando o Òrìsà Sàngó, somente tentamos elucidar fatos notoriamente conhecidos na terra dos Yorubas, sob os aspectos histórico, através da tradição oral, e divino que se convergem e se conservam na grandiosidade de Sàngó.

NOTA* : Os mitos e/ou fatos relatados, são baseados em dados religiosos, por vezes dogmáticos, que pertencem ao corpo da tradição oral yorubana. Sob o ponto de vista cientifico, são considerados parcialmente históricos, pois não são dados comprovados por documentos e nem tampouco pela arqueologia, que pouco investiu, os "pouquíssimos" artefatos que foram achados e datados pelo carbono 14, são de datas recentes, perto da longínqua História da Civilização Yoruba. No contraponto, em nenhum momento afirmamos que não exista a História dos Yorubas, isto sim, seria um absurdo afirmar. A tradição oral pode ser contraditória e a cronologia praticamente inexistente, pela forma cultural dos yorubas mensurarem o tempo, mas jamais poderá ser negligenciada e nem tampouco rejeitada.

*Nota atual do autor para este site.
O atual Óònì Ilê-Ifé, Oba Okunade Sijuwade, Olúbùse II ,coroado em 1980, nasceu em 1º de janeiro de 1930, no clã (egbe) Óòni Ilare, da Familia Real de Ogbooru. -

Estatua da figura de um Óònì não identificado, artefato arqueológico do século XIV ou XV, achado no sitio de Ìta Yemòmó, em Ilê-Ifé. A peça esta exposta no Museu de Ife.
Os Àgbàgbà
Os "dezesseis" àgbà (anciões) que vieram com Odùduwà para criar o Àiyé, que por este motivo se tornou Olófin Odùduwà, o Àjàlàiyé.
Máscara de cobre.

Que dizem representar o segundo Óòni de Ilê-Ifé, o Oba Obàlùfan Ògbógbódirin, filho de Odùduwà, alguns falam que foi o primeiro Oba a ser realmente coroado e o primeiro a usar a então tradicional coroa, o Ade Aré. -
1. Òrúnmìlà ou Àgbónmìrégún : "Senhor do Oráculo de Ifá", foi o primeiro companheiro e o Chefe Conselheiro de Odùduwà, um primeiro ministro, orientando sobre tudo e a todos, inclusive em assuntos governamentais de Ilê-Ifé.

2. Obàtálá : também chamado de Òrìsànlá : considerado o primeiro e principal artesão, por modelar os corpos dos seres humano, é aclamado como Alámòrere, "Senhor da boa argila", por extensão, o patrono dos artistas, principalmente dos escultores.
                                                 3. Olúorogbo ou Òrìsà Aláse. Foi o terceiro àgbà em importância depois de Odùduwà, aquele que foi o "Salvador do Mundo", que fez chover numa grande seca, pois foi o chefe mensageiro entre o Oba Orún e o Oba Àiyé, ou seja entre Olódùmarè e Odùduwà.

4. Obamèri.Também chamado de Alapa-Aharemadà : foi o seu "general".
5. Orèlúéré ou Orè (Oré). Olóde Orè, o chefe dos caçadores e guardião das tradições e da moral. Para uns, após Odudùwà ter criado o mundo, o primeiro a pisar na terra e depois explora-la, foi Olóde Orè, antes de qualquer um, como manda a tradição era uma das funções dos caçadores, por isto é também aclamado como Onílè, "Senhor da terra". Dizem que mais tarde, ele se tornou um dos companheiros de Òbàtálá.

6. Obasìn ou Èsù Obasin. Era quem controlava os intempéries da natureza, e mais tarde, tornou-se o principal assistente de Òrúnmìlà.

7. Obàgèdè ou Obàgîdî. Foi o chefe mensageiro de Obamèrì.

8. Ògún. Foi o chefe dos guerreiros.

9. Obamakin. sem dados ...........................

10. Obawinni Oreluko. Também chamado de Oro-Apasa ,que mais tarde se tornou se tornou um dos companheiros de Òbàtálá, foi ele quem tornou Òbàtálá o 1º Oba dos Ìgbò, quando da retirada deles de Ilê-Ifé, imposta por Obamèri. Depois que Òbàtálá se foi, ele os liderou e se tornou o 2º Oba dos Ìgbò.

11. Aje Sàlugá. "Senhor da Riqueza", foi o "financeiro" de Odùduwà. Outras fontes dizem que foi uma filha de Olóòkun com Odùduwà. É interessante notar, que como divindade masculino, seu símbolo seja uma grande concha marinha, que estranhamente é também um dos símbolos de Olóòkun.

12. Èrìsilè. Sem dados ..........................

13. Élésìje. Foi um ervanário, que iniciou a pratica da medicina tradicional.
14. Olósé. Sem dados ..........................

15. Alajó. Sem dados ..........................

16. Èsìdálè. que cuida daqueles que morrem tragicamente, como mulheres que morrem ao dar à luz, inclusive osOutros, incluem na comitiva :
Olóòkun : A primeira e favorita esposa de Odùduwà. A Deusa do Mar.

Òrìsàtéko Ìjùgbè ou Obaresé : um grande guerreiro e companheiro muito ligado a Obàtálá.
Yemowo : que foi a única esposa de Obàtálá.
Outros não consideram Obàtálá como um dos 16, pois chegou somente após os 16, porém, antes da segunda vinda de Odùduwà.
Uns dos seus partidários, dos 16, foram Orèlúéré e Obawinni.

Os Òrìsà Funfun
Os "Òrìsà Funfun" são aqueles que vieram com Òbàtálá, seu líder, para Àiyé, ou posteriormente, aderiram ao grupo ou a ele. Praticamente são considerados como um clã ou sua "própria família". Òbàtálá se tornou o mais conhecido e reverenciado de todos os Òrìsà, por toda terra dos Yorubas e por extensão em todo o Mundo.

Imagens de Òbàtálá e Yemowo. Sua única esposa, no templo de Ìdèta-Ilê em Ilê-Ifé, no bairro de Itapa, anteriormente era no bairro de Ìdèta. - Alguns dos Òrìsà Funfun* :

Òrìsàála - Òrìsà-nla - Òsàla - ou Òbàtálá. O primeiro Òrìsà a ser criado por Olódùmarè.
Òrìsàteko ou Eteko Oba Dùgbè : Um grande guerreiro associado aÒbàtálá nas longas disputas de liderança com Odùduwà. Como seu principal templo é em Ìjúgbè, é também conhecido por Òrìsà Ìjùgbè. Este Òrìsà também esta relacionado com a agricultura, dizem que foi o primeiro a cultivar o inhame.

Òrìsà Akiré.
Um guerreiro poderoso e rico e que tinha muitos escravos, tudo oriundo de espólios de suas conquistas. Seus principais templos são em Ìlàré e em Arùbídì. Dizem uns que Òrìsàkiré é um Òrìsà da paz, da produtividade e da opulência.

Òrìsà Aláse ou Olúorogbo.

Divindades.
Que tem como rito comum o uso de elementos e oferendas de cor branca ou derivada, e tabus alimentares ou outros, por vezes também semelhantes. Quando não, são também assim chamados por fazerem parte do processo da criação - que são os casos, principalmente de Odùduwà e Òrúnmìlà.

O rito e o culto dos Òrìsà funfun ( Branco), são tão semelhantes ou quase idênticos, que em vários casos é difícil distinguir se se trata de (divindades distintas ou são qualidades de Òbàtálá0), ou ainda, somente nomes diferentes do mesmoÒbàtálá. Pode, por estes ou outros inúmeros fatores, que o levaram a ser o mais conhecido Òrìsà do panteão, obviamente, sem se esquecer da sua real importância na gênesis yoruba.

ODU TORNA-SE ÌYÁMI.
"Nos primórdios da criação, Olodumaré, o Ser Supremo que vive no orun, mandou vir ao aiyé (universo conhecido) três divindades: Ogun (senhor do fèrro), Obarixá (senhor da criação dos homens) (2) e Odu, a única mulher entre eles. Todos eles tinham poderes, menos ela, que se queixou então aOlodumarê. Este lhe outorgou o poder do pássaro contido numa cabaça (igbáeleiye) e ela se tornou então, através do poder emanado de Olodumarê,Ìyáwon, nossa mãe para eternidade (também chamada de Iyami Oxoronga, minha mãe Oxorongá). Mas Olodumarê a preveniu de que deveria usar este grande poder com cautela, sob pena de ele mesmo repreendê-la.
Mas ela abusou do poder do pássaro. Preocupado e humilhado, Obarixá foi até Orunmilá fazer o jogo de Ifá, e ele o ensinou como conquistar, apaziguar e vencer Odu, através de sacrifícios, oferendas e astúcia.
Obarixá e Odu foram viver juntos. Ele então lhe revelou seus segredos e, após algum tempo, ela lhe contou os seus, inclusive que adorava Egun. Mostrou-lhe a roupa de Egun, o qual não tinha corpo, rosto nem tampouco falava. Juntos eles adoraram Egun.

Aproveitando um dia quando Odu saiu de casa. Ele modificou e vestiu a roupa de Egun. Com um bastão na mão, Obarixá foi à cidade (o fato de Eguncarregar um bastão revela toda a sua ira) e falou com todas as pessoas. quando Odu viu Egun andando e falando, percebeu que foi Obarixá quem tornou isto possível. Ela reverenciou e prestou homenagem a Egun e aObarixá, conformando-se com a supremacia dos homens e aceitando para si a derrota. Ela mandou então seu poderoso pássaro pousar em Egun, e lhe outorgou o poder: tudo o que Egun disser acontecerá. Odu retirou-se para sempre do culto de Egungun."

O conjunto homem-mulher dá vida a Egun (a ancestralidade), mas restringe seu culto aos homens, os quais, todavia, prestam homenagem às mulheres, castigadas por Olodumarê através dos abusos de Odu. Também por esta razão é que as mulheres mortas são cultuadas coletivamente, e somente os homens têm direito à individualidade, através do culto a Egun.

Um dos Orixás funfun. Isto é, Orixás que têm como principal preceito o uso do branco nos ritos e nas oferendas; em algumas regiões ; Obarixá é adotado como um cognome de Oxalá.

Os textos litúrgicos aqui apresentados fazem parte do jogo de Ifá. No qual. seu senhor e oráculo, a divindade Orunmilá, nos ensina mitos e tradições que foram mantidos através do próprio jogo. Esses conhecimentos, transmitidos a todos oralmente, hoje se tornaram verdadeiras escrituras sagradas .

Através deles entendemos o porquê de certos ritos e preceitos usados e conservados no dia-a-dia dos cultos. Vários textos explicam o mesmo fato ou se complementam, e às vezes de forma diferente e aparentemente contraditória; mas isto é reflexo de se terem originado em diferentes regiões. De uma forma ou de outra, porém, chegam aos mesmos fundamentais conceitos religiosos.
(1) Atualmente, vários pesquisadores já registraram em livros as lendas colhidas oralmente entre os iniciados.

Os mortos do sexo feminino são chamados de Ìyámi Agba (Minha mãe anciã) e cultuado como uma energia ancestral coletiva, representada porÌyámi Oxorongá. - 
ORIGENS. 
De quatro em quatro dias (uma semana iorubana), Iku (a Morte) vinha à cidade de Ilê-Ifé munida de um cajado (opá iku) e matava indiscriminadamente as pessoas. Nem mesmo os Orixás podiam com Iku.
Um cidadão chamado Ameiyegun prometeu salvar as pessoas. Para tal, confeccionou uma roupa feita com várias tiras de pano, em diversas cores, que escondia todas as partes do seu corpo, inclusive a própria cabeça, e fez sacrifícios apropriados. No dia em que a Morte apareceu, ele e seus familiares vestiram as tais roupas e se esconderam no mercado.

Quando a Morte chegou, eles apareceram pulando, correndo e gritando com vozes inumanas, e ela, apavorada, fugiu deixando cair seu cajado. Desde então a Morte deixou de atacar os habitantes de Ifé.

Os babalawos (adivinhos e sacerdotes de Orunmilá) Disseram a Ameiyegunque ele e seus familiares deveriam adorar e cultuar os mortos por todas as suas gerações, lembrando como eles venceram a Morte."
Egunguns. 
É a terminação do nome de Ameiyegun, e é como hoje são conhecidos os ancestrais do seu clã (Egun ou Egungun). É a vitória da vida pós-morte: como no mito em que a vida venceu a morte, da mesma forma os Eguns se apresentam, hoje, cobertos de panos e portando um cajado.
PORQUE CONSULTAR?

É por meio de Orunmilá-Ifá que as pessoas podem saber como agradar a seus Orixás. Pois ele é o conhecedor do destino de tudo o que há de vivente na Terra – passado, presente e futuro, pois Orunmilá estava presente no momento da criação do mundo; quando é consultado, é capaz de saber qual o destino e o caminho de cada ser humano.
Os yorubás consultam Orunmilá-Ifá antes de tomar qualquer decisão. Um casamento, um noivado, ou o momento de escolher o nome de um filho.
Por meio do Jogo de Ifá, podemos traçar nossos destinos pelo melhor caminho. Pois Orunmilá é o mais atuante e mais próximo de Olorun. A ele é dado o poder de conhecer nosso destino.

Èxù p
ara a cultura Yorùbá, Èsù é o justiceiro Divino, aquele que olha tudo, que leva a Olódùnmarèos anseios do homem e o trás de volta em forma de benefício, Àse ou não.

Tudo o que existe tem sua polaridade, e Èsù será aquele que nos dará a pista de qual o caminho tomar. Elê traduz a linguagem densa de nossa crosta terrestre para chegar nodivino, gerando caminhos (Odú), portanto ele é a primeira semente geradora

Ele será plantado em uma pedra, chamada Yangi na qual os sacerdotes invocarão um espírito, e daí por diante você deverá criar uma afinidade de tal forma que tudo o que faça possa com ele dialogar, em todos os momentos, todos os dias e horas, se não fisicamente, mentalmente, criar uma simbiose. Forças são energias vivas que não podem ficar paradas, se você não tem este contato, com o tempo se vão, e aí você perderá novamente este elo de ligação, e só lhe restará uma pedra.
Yangi é o primeiro ser criado da existência, É conhecido como Èsù Agba. A ancestral primordial, e seus assentamentos mais antigos tradicionais eram simples pedras de lateritavermelha, colocadas no chão e, onde eram feitas suas oferendas e sacrifícios.
Yangi. É o símbolo da existência diferenciada, o elemento dinâmico que leva a propulsão, à mobilização, à transformação e ao crescimento. Ele é o principio dinâmico de tudo que existe e do que virá a existir.

Conta a lenda que Exu se descontrolou e passou a devorar toda a preexistência, sendo então obrigado por Orunmilà, após uma longa perseguição, a vomitar tudo de volta. Foi cortado em milhares de pedaços e transforma-se em “hum” multiplicado pelo infinito.
ÈXU

NOMES DOS ESUS E SEUS ATRIBUTOS

YANGI = É o principio de tudo, a própria memória de Olodunmare, seu criador .

AGBA = O mais velho e, por conseqüência, o pai que é retratado no mito em que Orunmila o persegue através dos nove Orun.

IGBA KETA = É o terceiro aspecto mais importante de Exu que está ligado ao numero três, a terceira cabaça, na qual ele é representado pela figura de barro junto aos elementos da criação

OKORITÀ META = É ligado ao encontro dos caminhos ou à encruzilhada: o encontro de três ruas (Y).

OKOTO = É representado pelo caracol-agulha, mostra a evolução de tudo que existe sobre a terra, e está ligado ao Orisà Ajé Saluga, o antigo Orisà da riqueza dos yorubas.

OBASIN = É por este nome que é conhecido e cultuado em Ilé Ifè .

ODARA = É o que, se satisfeito através do sacrifício, traz a felicidade ao sacrificante.

OJISÈ EBÒ = É o que observa todos os sacrifícios rituais e recomenda sua aceitação levando as suplicas a Olodunmare.

ELERU = É o que leva os carregos dos iniciados (Erupin).

ENUGBARIJÒ = (O COLETIVO) É o que devolve a todos o sacrifício em forma de benefícios.

ELEGBARA = É o todo poderoso que transforma o mal em bem, cujo poder reside na transformação das coisas.

GBARA = É um dos mais importantes aspectos de Èsù, pois ele é o Èsù do movimento do corpo humano, infundido no corpo pré-humano, ainda no Orun por Obatalà, sendo “assentado” no momento da iniciação, junto com o Ori e o Orisa indiv
ONA ou OLONA = É o senhor de todos os caminhos.

OLOBÈ ou OBÈ = É o senhor da faca, tem de ser reverenciado ao começar todos os sacrifícios, onde a faca é necessária.
ELEBÒ = É o carregador de todos os Ebòs.

ELEPO = É ele que recebe o sacrifício do azeite de dendê .

INA = Um dos aspectos mais importantes desse Èsù primordial é presidir o Ipade, sendo o dono do fogo.
No Brasil também se cultua os seguintes Exus:
TIRIRI, ALAKETU, AKESAN, LODE, BARABO,
IJELU,BARA ALAJEKI


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