JOGO DE BUZIOS PREVISÕES PARA 2014 - PREPARE-SE PARA O SEU SUCESSO
ODESI IFA ABABLAWO IBUALAMO ILÊ ASÉ
CONSULTA DO JOGO DE BUZIOS O ORACULO DE ORUMILA ATRAVEZ DOS BABALAWOS
A SABEDORIA ATRAVEZ DA ORIENTAÇAO DE
IFA
Oloduma O Deus Supremo
Na mitologia Yoruba,
Olodumare (Edumare ou Oloddumare)
É um Deus que se apresenta como uma força criativa
que estabeleceu a existência e o Universo. Em algumas nações acredita-se que
este é o verdadeiro criador do mundo, ser supremo somente abaixo de Olorum.
Deus possui muitos nomes, sendo o mais antigo
Olodumare ou Edumare.
A palavra Olodumare constitui contração de 0%
dumare (maré), o que significa Olo senhor da parte principal líder absoluto,
chefe, autoridade Odu = muito grande, recipiente profundo, muito extenso pleno,
maré = aquele que permanece aquele quem sempre é maré, aquele que é
absolutamente perfeito, o supremo em qualidades.
Alguns outros nomes de Olodumare Deus são:
Olorun – O senhor do céu.
Orise – Contração do ori (cabeça).
Olofin Orun – Rei do céu.
Olorun – O senhor do céu.
Orise – Contração do ori (cabeça).
Olofin Orun – Rei do céu.
São atributos do ser supremo único, criado rei onipotente, transcendente
Juiz e eterno;
É considerado Oyigiyigi ato aiku o poderoso durável
inalterável rocha que nunca morre, Não recebe cultos diretamente, porém sempre
que uma divindade é cultuada a oração inicia por axé, para que Deus aceite o
pedido.
Olodumare é infinito
Assim olodumare é infinito, ou seja, tem todas as perfeições em sumo e ilimitado grau.
A natureza é um conjunto indivisível no qual tudo está contido- a totalidade do universo está presente em todas as partes e em todos os tempos que possam ser considerados. Sem dúvida alguma, existe uma interação completa e misteriosa entre todos os elementos do universo e essa interação une o universo numa única totalidade.
Tudo que ocorre em nosso pequeno mundo está em relação com a imensidão cósmica, como se cada parte de qualquer mundo considerado contivesse em si a totalidade do universo. Conclui-se que todo e a parte são uma única e mesma coisa.
Tudo reflete todo resto. Cada região do espaço, por menor que seja contém a configuração completa do conjunto. O que quer que aconteça na terra é ditado por todas as hierarquias das estruturas do universo.
ORI
Para os yorubanos a palavra Ori tem vários significados.
Primeiro é o senhor do corpo inteiro, isso porque dele pode-se perceber: olhos, boca, nariz, ouvido, celebro que toma conta de todo o organismo.
Assim o senhor desta divindade tão importante chama-se Olori (senhor ou proprietário de todo Ori.
Isto significa que Orí é sem dúvida o senhor de tudo e para supera-lo só mesmo o próprio Olodunmare (senhor supremo) do destino e criador de todas as coisas no mundo físico e também espiritual, deste modo é superior a Ori e assim Olodunmare é criador também do Orí.
No corpo humano Orí (cabeça) se divide em dois: cabeça física onde se encontra o cerebro que usamos para pensar e o cerebelo para controlar o corpo e é o nosso guardião mesmo em estado de inconsciência. Em conclusão o corpo depende de seu ori (cabeça).
De outra forma o ori espiritual dividi-se também em dois sendo:
Ápárí InÚ ( parte externa espiritual do próprio Orí e Orí Apere que seria o Deus individual de cada pessoa, representando o destino que cada pessoa carrega.
Temos visto recentemente centenas de escritos sobre o nascimento recente de comunidadesculturais, econômicas, políticas e sociais que transcendem, transbordam e atravessam as fronteiras de múltiplas nações. Os defensores desta idéia tendem a identificar o começo do fenômeno com alguma transformação relativamente recente.
A tentativa nessa matéria é estender as referências
teóricas da amplitude do negro africano à afro descendente na maior imigração
transoceânica na história da humanidade data +- à partir do Sec.XV, Foi com
certeza mais ampla do que a imigração dos europeus para as Américas ocorrida no
mesmo período.
Ainda hoje, muitos descendentes daqueles africanos raptados se reconhecem como integrantes de “nações” diaspóricas,
Ainda hoje, muitos descendentes daqueles africanos raptados se reconhecem como integrantes de “nações” diaspóricas,
Para usar um termo que é especialmente comum na América Latina, como existem também as naciones arará, congo e lucumí em Cuba, assim como as nações jeje, congo-angola e nagô no Brasil. De modo um pouco diferente, verifica-se a existência das nachons rada, congo e nago no Haiti.
Segundo o modelo convencional de Nina Rodrigues, Arthur Ramos, Melville
J. Herskovits e, em Cuba, de Fernando Ortiz, essas nações eram grupos étnicos
africanos que foram levados para o Novo Mundo e, até certo ponto, lá
“sobreviveram”.
Observando sempre que: Essas nações eram
frequentemente agrupamentos impostos a diversos povos e as distintas ordens de
categorias políticas, lingüísticas e culturais que foram unificados
primariamente com propósitos comerciais dos traficantes de escravos que
conforme alguns estudiosos chamam essas nações, ou categorias étnicas, de “trademarks”,
ou “marcas registradas”.
Isto não quer dizer que esses agrupamentos não possuíssem afinidades
culturais ou potencialmente políticas. Suas afinidades
reais, imaginadas ou potenciais estavam entre as razões que fizeram com que
acabassem sendo reunidos de modo similar no Haiti, em Cuba e no Brasil — para
não falar no restante da América Latina.
Essas nações ainda vivem de acordo com as denominações dos vários
templos das religiões afro-cubana e afro-brasileira, como o Candomblé, e dos vários deuses e ritmos de tambor sagrados em
Cuba, no Brasil e no Haiti.
A história parece simples quando imaginamos essas nações no final do século XIX, e hoje em dia, como sendo nada mais do que memórias esmaecidas do passado, como “folclore” de certo modo diferente e desligado da realidade única da nação territorial. Argumenta-se que essas nações eram originalmente “nações políticas africanas”, mas foram “aos poucos perdendo sua conotação política para se transformar num conceito quase exclusivamente teológico e ritual”
A história parece simples quando imaginamos essas nações no final do século XIX, e hoje em dia, como sendo nada mais do que memórias esmaecidas do passado, como “folclore” de certo modo diferente e desligado da realidade única da nação territorial. Argumenta-se que essas nações eram originalmente “nações políticas africanas”, mas foram “aos poucos perdendo sua conotação política para se transformar num conceito quase exclusivamente teológico e ritual”
A história do termo “nação” não começou com o tráfico de escravos nem
sequer com a formação da nação territorial, ocorreu no
final do século XVIII, pois desde muitos séculos, e sim por imposições de
cognatos nas línguas européias têm o sentido de um grupo de pessoas ligadas
nitidamente pela ascendência, língua ou história compartilhadas a ponto de
formarem um povo distinto”.
O que interessa especificamente nisso tudo é o paralelo de dois usos
rivais do termo, os dois coincidindo com a colonização européia das Américas. Argumentando que a nação territorial nas Américas emergiu
não só de um diálogo isolado com a Europa, mas também fortemente de um diálogo
com as nações transatlânticas e territoriais geradas pela colonização africana
desses continentes.
A NAÇÃO “VOODOO”
O termo voodoo em inglês vem da palavra
vodun, que significa“divindade” ou “deus” no grupo dialetal ewe-gen-aja-fon do
Golfo daGuiné — a oeste da localização contemporânea dos yorùbá. Há muitos
séculos, saíram várias dinastias da cidade de Tado, atualmente no Togo.
Tais dinastias fundaram os reinos de Allada,
Dahomé e Hogbonou ou
Porto-Novo.
Elas e seus súditos acabaram por falar diversos dialetos. Como súditos de diversos reinos, esses grupos não pertenciama nenhum grupo
politicamente unido. De fato, achavam-se muitas vezes em guerra uns contra os
outros.
Durante o século XVII e começo do XVIII, o reino de Allada dominava o comércio com os europeus nessa região. A oeste achava-se o famosíssimo Castelo de São Jorge da Mina, o qual desempenhou um papel importante no comércio afro-europeu. Nesse período, traficantes de escravos e viajantes europeus identificaram vários povos adoradores dos voduns e chamaram-nos coletivamente de “Ardra/Arder/Ardres” (do nome do reino de “Allada”) e “Minas” (do nome do Castelo de São Jorge da Mina).
Em seguida, encontram populações no Haiti chamadas de “Rada” e em Cuba de “Arara”. No Brasil e na Louisiana francesa foram denominadas “Minas”.
No entanto, em certo momento, em meados do século XVIII, no Brasil, esses mesmos povos adoradores dos voduns passaram a ser conhecidos como
“Jejes”. Sendo este nome um mistério. Embora os falantes de ewe, gen, aja e fon tivessem sido embarcados em maior número antes de 1800, não foi encontrada nenhuma menção a esse nome no Golfo da Guiné até 1864, depois do fim efetivo do tráfico de escravos.
O termo “jeje” aparece nos documentos brasileiros a partir de 1739, embora esteja ausente da cartilha escrita no Brasil por Peixoto
(1943-44). A adoração dos deuses vodun deixa pouca dúvida de que a sua religião
veio da zona entre o Castelo de São Jorge da Mina.
Estabeleceu-se a tradição etimológica brasileira de identificar a
palavra “ewe” — o nome do dialeto falado agora no sudoeste de
Togo e no sudeste de Gana — como a origem do termo “jeje”, que hoje em dia
designa o dialeto do povo “mina” do Togo e do sudoeste do Benin.
Até hoje, a maioria dos terreiros da nação jeje auto declara-se
“marrim”(mahi) (maxi) ou “savalu”. Essa proeminência histórica dos Maxi na
Bahia ajuda a entender a raridade da cobra na religiosidade baiana no final do
século XIX.
Os Maxi no Golfo da Guiné praticaram pouco a adoração do deus-serpente. Mas como se explica a ascensão do deus-cobra na Bahia no século XX ?
É considerado que a comunicação no começo deste século entre a Bahia e o
Golfo da Guiné implica o ressuscitamento da nação jeje e a adoção por parte da
mesma do deus-serpente como seu emblema. Os famosos marrins baianos que
regressaram à África e mantiveram contato com a Bahia normalmente,
estabeleceram os seus quartéis-generais não na terra interior dos Maxi, mas no
litoral, onde a adoração do deus-serpente era central na religião dos nativos.
A TRADIÇÃO JEJE:
O VODUN JEJE SOGBÔ E A PROVA DE ZO
A tradição dos povos fons que aqui no Brasil foram chamados de Adjeje ou Jeje pelos yorubás, requer um longo confinamento quando na época de iniciação.
Essa tradição Jeje exigia de 06 (seis) meses ou até
01 (um) ano de reclusão, de modo que o novo vodun-se aprendesse as tradições
dos voduns: como cultuá-los, manter os espaços sagrados, cuidar das árvores,
saber dançar, cantar, preparar as comidas e um artesanato básico necessário a
implementos materiais dos diferentes assentos, ferramentas e símbolos
necessários ao culto.
Para os povos Jeje, os voduns são serpentes que tem origem no fogo, na água, na terra, no ar e ainda tem origem na vida e na morte. Portanto, a divindade patrona desse culto é Dan ou a "Serpente Sagrada".
Para o povo Jeje os Voduns são serpentes sagradas e sendo as
matas, os rios, as florestas o habitat natural das cobras e dos próprios
voduns. O ritual Jeje depende de muito verde, grandes
árvores pois muitos voduns tem seus assentos nos pés destas árvores.
Outra
particularidade deste culto é de que quando as vodun-ses estão em transe ou
incorporadas com seu vodun: os olhos permanecem abertos, ou seja, os voduns
Jeje abrem os olhos, diferente dos orixás dos yorubás, que mantém os olhos
sempre fechados.
É comum no culto Jeje provar o poder dos Voduns quando estes estão
incorporados em seus iniciados. Uma destas provas é
a prova chamada Prova do Zô ou Prova do Fogo do vodun Sogbô, que governa as
larvas vulcânicas e é irmão de Badé e Acorombé, que comandam os raios e
trovões.
A seguir, cita-se uma Prova do Zô feita com uma vodun-se
feita para Sogbô, um vodun que assemelha-se ao Xangô do Yorubás:
Num determinado momento entra no salão uma panela de barro, fumegante, exalando cheiro forte de dendê borbulhante, contendo dentro
alguns pedaços de ave sacrificada para o vodun. Sogbô adentra o salão com fúria
de um raio, os olhos bem abertos (que como expliquei é costume dos voduns) e
tomando a iniciativa vai até a panela, onde mergulha as mãos por algum tempo.
Em seguida, exibe para todos os pedaços da ave. É um momento de profunda emoção
gerando grande comoção por parte dos outros iniciados que respondem aquele ato
entrando em estado de transe com seus voduns.
CONCLUSÃO
O caso das nações afro-latinas compromete a
lógica primordialista da história convencional dos grupos étnicos africanos,
mas fala da literatura recente sobre a nação e o transnacionalismo. Mas
demonstra que comunidades diaspóricas, poderosamente imaginadas,
desenvolviam-se ao mesmo tempo que a nação territorial. E o fato que essas
“nações” diaspóricas criaram um vocabulário paralelo ao da nação territorial.
Uma das chaves do sucesso extraordinário dessas nações diaspóricas é que muitas pessoas negras e mulatas não achavam convincente, de jeito nenhum, a“imaginação” da sua cidadania na nação territorial. Consideravam-se, freqüentemente, excluídos dos direitos e priachavam mais impressionantes e convincentes as formas de inclusão, imaginário literário e pompa associados com as nações diaspóricas. Ademais, essas pessoas negras e mulatas não estavam sozinhas nessa preferência; muitos brancos também aderiram e continuam aderindo a tais circunstâncias.
No passado, muitos antropólogos, historiadores e outros estudiosos da cultura negra tenderam a supor que os cativos africanos nas Américas se originaram de grupos étnicos africanos cujas culturas preexistentes “sobreviveram” na diáspora até elas desaparecerem aos poucos pelo processo de assimilação.
Uma das chaves do sucesso extraordinário dessas nações diaspóricas é que muitas pessoas negras e mulatas não achavam convincente, de jeito nenhum, a“imaginação” da sua cidadania na nação territorial. Consideravam-se, freqüentemente, excluídos dos direitos e priachavam mais impressionantes e convincentes as formas de inclusão, imaginário literário e pompa associados com as nações diaspóricas. Ademais, essas pessoas negras e mulatas não estavam sozinhas nessa preferência; muitos brancos também aderiram e continuam aderindo a tais circunstâncias.
No passado, muitos antropólogos, historiadores e outros estudiosos da cultura negra tenderam a supor que os cativos africanos nas Américas se originaram de grupos étnicos africanos cujas culturas preexistentes “sobreviveram” na diáspora até elas desaparecerem aos poucos pelo processo de assimilação.
Ao contrário, os grupos africanos e afro-americanos
mais importantes são transatlânticos na sua gênese. Embora supostamente
primordiais certos grupos étnicos na África não teriam existido senão pelos
esforços dos regressados da diáspora. O grupo étnico jeje é um desses casos que
estende a duração do fenômeno cultural e politicamente transformador, que é
atualmente chamado de“transnacionalismo
Vale observar que o mais marcante das singularidades africanas é o fato de
seus povos autóctones terem sido os progenitores de todas as populações humanas
do planeta, o que faz do continente africano o berço único da espécie humana.
Os dados científicos que colaboram tanto as análises do DNA mitocondrial
quanto os achados paleoantropológicos apontam constantemente nesse sentido”.
Orixás - Olodumare é o Deus supremo do povo Yoruba,
Que criou as divindades chamadas Orixá para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses.
Exu, Orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.
Ogun, Orixá do ferro, guerra,
fogo, e tecnologia.
Oxóssi, Orixá da caça e da fartura.
Ogunedé, Orixá jovem da caça
e da pesca
Xangô, Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas e pragas.
Oxumaré, Orixá da chuva e do arco-íris.
Ossaim, Orixá dos remédios, conhece o segredo de todas as folhas.
Oyá ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger
Xangô, Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça.
Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas e pragas.
Oxumaré, Orixá da chuva e do arco-íris.
Ossaim, Orixá dos remédios, conhece o segredo de todas as folhas.
Oyá ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger
Oxum, Orixá feminino dos rios,
do ouro, jogo de búzios, e amor.
Iemanjá, Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás.
Nanã, Orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê.
Ewá, Orixá feminino do Rio Ewá.
Obá, Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô
Axabó, Orixá feminino da família de Xangô
Ibeji Orixá dos gêmeos
Irôco, Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).
Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
Onilé, Orixá do culto de Egungun
Omolu, Orixá da terra e da saúde
Oxalá, é um nome genérico para vários Orixás Funfun (branco)
OrixaNlá ou Obatalá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do mundo e dos corpos humanos
Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, Orixá da Adivinhação e do destino.
Odudua, Orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.
Oranian, Orixá filho mais novo de Odudua.
Baiani, Orixá também chamado Dadá Ajaká.
Olokun, Orixá divindade do mar.
Oxalufon, Orixá velho e sábio.
Oxaguian, Orixá jovem e guerreiro.
Orixá Oko, Orixá da agricultura.
COMO SURGIU O JOGO DE ORUNMILÁ IFÁ
Como prova de sua indispensabilidade é importante mencionar que, quandoOrúnmilá foi enfurecido por um de seus filhos, deixou a terra e foi para o céu. Com a ausência de Orunmila na terra surgiram grandes problemas, a ordem natural de todas as coisas e atividades inverteram-se, quando então, todas as pessoas reclamavam e buscavam alternativas para paz e normalidade.
Orunmilá, finalmente, desceu do céu à terra e deixou Ikin (caroço sagrado) a seus filhos, para o representar, servindo também para encontrar soluções para todos os problemas na terra.
“Assim, o Ikin é mais que um simples caroço que as pessoas vêem, ele possui extrema importância na transmissão do conhecimento de Orunmila para homens e deuses”.
IFÁ é a forma de adivinhação apresentada por Orunmila Ifá. Existem várias formas de jogo de Ifá, Orúnmila Ifá é uma dessas formas. Orunmila-Ifá é um dos nomes da divindade de Ifá; é certamente o sistema tradicional mais seguro para a confirmação do òrìsà do consulente, isto porque, Orunmilá está presente quando da criação doser humano, e por este motivo é conhecido como Eléríí Ipín (testemunha a criação). Ele é o segundo braço de Olódúnmaré (Deus criador), é por isso que o babalawoquando joga interpreta as lendas indicadas pelo Odu de Ifa, para dar respostas ao consulente, de acordo com a queda do Opele-Ifá.
Búzios
O jogo de búzios (èrindinlógun) é uma das artes divinatórias
das Religiões Afro-brasileiras, que consiste no arremesso de um conjunto de 16
búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que
os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os
Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes
perguntas. Considera-se que as divindades afectam o modo como os búzios se
espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.
No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelos Babalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas. Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países.
Merindinlogun é um dos muitos métodos divinatórios utilizado pelos Babalawos, Babalorixás e
Iemanjá, Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de muitos Orixás.
Nanã, Orixá feminino dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiê.
Ewá, Orixá feminino do Rio Ewá.
Obá, Orixá feminino do Rio Oba, uma das esposas de Xangô
Axabó, Orixá feminino da família de Xangô
Ibeji Orixá dos gêmeos
Irôco, Orixá da árvore sagrada, (gameleira branca no Brasil).
Egungun, Ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás.
Onilé, Orixá do culto de Egungun
Omolu, Orixá da terra e da saúde
Oxalá, é um nome genérico para vários Orixás Funfun (branco)
OrixaNlá ou Obatalá, o mais respeitado, o pai de quase todos orixás, criador do mundo e dos corpos humanos
Ifá ou Orunmila-Ifa, Ifá é o porta-voz de Orunmila, Orixá da Adivinhação e do destino.
Odudua, Orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba.
Oranian, Orixá filho mais novo de Odudua.
Baiani, Orixá também chamado Dadá Ajaká.
Olokun, Orixá divindade do mar.
Oxalufon, Orixá velho e sábio.
Oxaguian, Orixá jovem e guerreiro.
Orixá Oko, Orixá da agricultura.
COMO SURGIU O JOGO DE ORUNMILÁ IFÁ
Como prova de sua indispensabilidade é importante mencionar que, quandoOrúnmilá foi enfurecido por um de seus filhos, deixou a terra e foi para o céu. Com a ausência de Orunmila na terra surgiram grandes problemas, a ordem natural de todas as coisas e atividades inverteram-se, quando então, todas as pessoas reclamavam e buscavam alternativas para paz e normalidade.
Orunmilá, finalmente, desceu do céu à terra e deixou Ikin (caroço sagrado) a seus filhos, para o representar, servindo também para encontrar soluções para todos os problemas na terra.
“Assim, o Ikin é mais que um simples caroço que as pessoas vêem, ele possui extrema importância na transmissão do conhecimento de Orunmila para homens e deuses”.
IFÁ é a forma de adivinhação apresentada por Orunmila Ifá. Existem várias formas de jogo de Ifá, Orúnmila Ifá é uma dessas formas. Orunmila-Ifá é um dos nomes da divindade de Ifá; é certamente o sistema tradicional mais seguro para a confirmação do òrìsà do consulente, isto porque, Orunmilá está presente quando da criação doser humano, e por este motivo é conhecido como Eléríí Ipín (testemunha a criação). Ele é o segundo braço de Olódúnmaré (Deus criador), é por isso que o babalawoquando joga interpreta as lendas indicadas pelo Odu de Ifa, para dar respostas ao consulente, de acordo com a queda do Opele-Ifá.
Búzios
No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelos Babalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas. Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países.
Merindinlogun é um dos muitos métodos divinatórios utilizado pelos Babalawos, Babalorixás e
Iyalorixás que conta com 16 búzios. É um método diferente do jogo de búzios, pois nele ocorre a interpretação das caídas dos búzios de acordo com a mitologia iorubá.
No merindilogun, as caídas são dadas conforme a quantidade de búzios abertos e fechados resultante de cada arremesso. Para cada quantidade de búzios abertos e fechados, corresponde um Odù e como ocorre no Opele-Ifá, esse odù deve ser interpretado, transmitindo-se ao consulente tanto o significado da caída, quanto o que deve ser feito para solucionar o problema.
Cada odù indica diversas passagens da mitologia iorubá.
Odu é um conceito do orixa.
No sistema Ifá,
que é o sistema de adicinhação iorubá, os 16 odus são os caminhos da vida. Cada
pessoa tem o seu o
OS DEZESSEIS PRINCIPAIS ODU DE IFÁ
QUE SÃO MAIS
USADOS NO JOGO
ÉJI ÓGBE
ÓYÉKÚ MÉJÍ
IWÓRÍ MÉJÍ
ODÍ MÉJÍ
ÓBÁRÁ MÉJÍ
ÓKÓNRÓN MÉJÍ
ÍRÓSÚN MÉJÍ
OWÓNRÍN MÉJÍ
ÓGÚNDÁ MÉJÍ
ÓSÁ MÉJÍ
OTURUPÓN MÉJÍ
IRÉTÉ MÉJÍ ÓTURÁ MÉJÍ
ÓSÉ MÉJÍ
OFUN MÉJI
IKA MÉJI
ÓYÉKÚ MÉJÍ
IWÓRÍ MÉJÍ
ÓBÁRÁ MÉJÍ
ÍRÓSÚN MÉJÍ
ÓGÚNDÁ MÉJÍ
ÓSÁ MÉJÍ
OTURUPÓN MÉJÍ
IRÉTÉ MÉJÍ ÓTURÁ MÉJÍ
ÓSÉ MÉJÍ
IKA MÉJI
O que é EBO?
Palavra Yorubana que
significa oferenda.
Dentro do culto aos Òrísà, quando necessário deverá ser feito um ebo.
Ebo, é
assim que o babalawo diz depois de consultar o jogo de Opele Ifa.
Através deste jogo o babalawo pode ver qual é o Odú que rege o consulente e que tipo de energia está se manifestando no mesmo.
Tem pessoas que chegam até o babalawo.
Com energia negativa superior, a energia positiva, como sabemos, para que aja um equilíbrio perfeito temos que estar com a energia positiva equivalente a energia negativa.
Quando isto não ocorre,
O consulente está em desarmonia em sua vida e é aí que entra o pedido do ebo pra equilibrar esta energia. Nos Ebos feitos no culto aosorisás são usados alguns materiais como: fava, ervas, pós e até mesmo eje (sangue) de um determinado animal.
Dentro do culto aos Òrísà, quando necessário deverá ser feito um ebo.
Através deste jogo o babalawo pode ver qual é o Odú que rege o consulente e que tipo de energia está se manifestando no mesmo.
Tem pessoas que chegam até o babalawo.
Com energia negativa superior, a energia positiva, como sabemos, para que aja um equilíbrio perfeito temos que estar com a energia positiva equivalente a energia negativa.
Quando isto não ocorre,
O consulente está em desarmonia em sua vida e é aí que entra o pedido do ebo pra equilibrar esta energia. Nos Ebos feitos no culto aosorisás são usados alguns materiais como: fava, ervas, pós e até mesmo eje (sangue) de um determinado animal.
Quando do oferecimento
destes Ebos. São rezados alguns tipos de Àdurá, para que
o òrísà escute o pedido do babalawo e receba
o Ebo ali ofertado.
Ebo também é feito para
agradecimento por graça alcançada pelos Òrísàs.
E é tão importante
como o Ebo de pedido, pois de pedimos alguma coisa e recebemos a
graça, temos a obrigação de agradecer, pois da próxima vez o Òrísà se
lembrará disto.
Egungun é um culto muito importante
entre os Yorubas.
Eles são aqueles que os yorubas chamam de Ara-orun kinkin (o povo de céu). Os yorubas acreditam que os mortos devem ficar em forma de espírito entre o Orun (céu) e Aiye (terra).
Eles são aqueles que os yorubas chamam de Ara-orun kinkin (o povo de céu). Os yorubas acreditam que os mortos devem ficar em forma de espírito entre o Orun (céu) e Aiye (terra).
Egungun Ara Orun
Egungun Ara Aiye
Egungun Ara Orun:-
É uma forma de Egungun que existe quando a pessoa morre no tempo certo e logo ele volta para orun na forma espírito enquanto o corpo é enterrado.
Egungun Ara Aiye
Egungun Ara Orun:-
É uma forma de Egungun que existe quando a pessoa morre no tempo certo e logo ele volta para orun na forma espírito enquanto o corpo é enterrado.
Este tipo de egun geralmente não perturba muito,
ele volta para terra para ajudar a família quando necessário.
Quando este egungun segue dependente do estado do
odu (destino) da pessoa é determinado se ele (egungun) conseguirá ou não ajudar
a família.
Por exemplo: Se a pessoa não tem odu que transforma esta energia para boa, esta
energia vai acabar. Se der resultado negativo, a pessoa precisará fazer ebó
para egungun para transformar esta energia em boa.
Egungun Ara Aiye:
São tipos de egungun que passaram pela morte antes do tempo estipulado pelo destino (odu), eles não ficam no orun (céu) ou aiye (terra), eles voam entre os dois e geralmente são eguns que incomodam, principalmente pessoas que são mortas repentinamente. Este tipo de Egungun é tão perigoso que até a família da vítima dele é perturbada.
Egungun Ara Aiyê. São tipos de egungun que passaram pela morte antes do tempo estipulado pelo destino (odu), eles não ficam no orun (céu) ou aiye (terra), eles voam entre os dois e geralmente são eguns que incomodam, principalmente pessoas que são mortas repentinamente. Este tipo de Egungun é tão perigoso que até a família da vítima dele é perturbada.
São tipos de egungun que passaram pela morte antes do tempo estipulado pelo destino (odu), eles não ficam no orun (céu) ou aiye (terra), eles voam entre os dois e geralmente são eguns que incomodam, principalmente pessoas que são mortas repentinamente. Este tipo de Egungun é tão perigoso que até a família da vítima dele é perturbada.
Egungun Ara Aiyê. São tipos de egungun que passaram pela morte antes do tempo estipulado pelo destino (odu), eles não ficam no orun (céu) ou aiye (terra), eles voam entre os dois e geralmente são eguns que incomodam, principalmente pessoas que são mortas repentinamente. Este tipo de Egungun é tão perigoso que até a família da vítima dele é perturbada.
O QUE É IYAMI OSORONGA? - Iyami Osoronga:
São entidades femininas que possuem
algumas energias especiais tanto na forma positiva quanto na negativa.
Iyami Osoronga é uma convicção.
Freqüentemente herdada,
às vezes adquirida por atributos
orgânicos de uma pessoa. Este atributo faz com que a pessoa tenha poderes que
podem prejudicar ou ajudar outros, a uma distância e através de meios de
descuido. Mais adiante, a mesma convicção é que uma pessoa pode ter este poder,
mas desde que ele não sinta motivos hostis contra outros, permanece dormente e
não os afeta. Inveja, fúria, ódio, malícia são os tipos de sentimentos viciosos
em que se fixam o poder de bruxaria, se a pessoa possuí-los isto deverá ser
trabalhado.
Acredita-se que uma pessoa pode ter
este poder e não terconhecimento disto, Até que os sentimentos viciosos
dela seja fixados para trabalhar contra os outros. Em alguns casos,
bruxaria é a expressão de tensão ou o mecanismo de conflito entre
duas pessoas. Então, bruxaria é um conflito de interesse entre o acusador em
uma mão, e o acusado na outra.
Como dito anteriormente,
os Yorubas acreditam que todos os destacamentos das coisas devem-se à
própria essência delas. Para afetar uma pessoa ou situação, feiticeiros, herboristas, Babalawo,
etc., extrai a essência por rituais
ILÊ-IFÉ A ORIGEM DO MUNDO
A cidade de Ilê-Ifé é considerada pelos
yorubas o lugar de origem de suas primeiras tribos. lfé é o berço de toda
religião tradicional yoruba (a religião dos Òrìsà, o Candomblé do
Brasil) ,é um lugar sagrado, onde os deuses ali chegaram, criaram e povoaram o
mundo e depois ensinaram aos mortais como os cultuarem, nos primórdios da
civilização. Ilê-Ifé é o "Berço da Terra".
Em um tempo onde os Deuses e Heróis andavam na terra com os
Homens."
BA ÒRÁNGÚN DE ÌLÁ, UM DESCENDENTE
DIRETO DE UM DOS SETE PRINCIPAIS FILHOS, DOS DEZESSEIS DE ODÙDUWÀ.
Olódùmarè
Olódùmarè o ser superior dos yorubas, que vive num universo paralelo ao
nosso, conhecido como Òrún, por isso Ele é também conhecido como Àjàlórún e
Olórun "Senhor ou Rei do Òrún", que através dos Òrìsà por Ele criado,
resolve incumbir um dos Òrìsà funfun (do branco), Òrínsànlá, (o grande Òrìsà) o
primeiro a ser criado, também chamado de Òrìsà-nlá e de Obàtálá, de criar e
governar o futuro Àiyé : a Terra, do nosso universo
conhecido. Ele lhe entrega o Àpò-Iwá (a sacola da existência) o qual contém
todas as coisas necessárias para a criação, e é aclamado como Aláàbáláàse,
"
Senhor que tem o poder de sugerir e realizar". Como a tradição mandava, para todos, antes de iniciar a viagem ele foi
consultar o oráculo de Ifá, com Òrúnmìlà, outro Òrìsà funfun, e este lhe
orientou a fazer alguns sacrifícios a divindade Èsù, mas se ele já era
orgulhoso e prepotente, mais ainda ficou, se recusou e nada fez, mas foi
avisado que infortúnios poderiam ocorrer.
Òrìsànlá, de posse do Àpò-Iwá, põe-se a
caminhar pelo Òrún,
Para chegar à "porta do espaço", até então um
vazio, que viria a ser o Àiyé. Ele é o Òrìsà que usa um cajado ritual conhecida
como òpásóró, durante o caminho, com muita sede, ele se defronta com o igi-òpé
(árvore do dendêzeiro) e com o seu òpásóró, perfura o caule da árvore da qual
começa a "jorrar o emu" (vinho de palma), e põe-se a beber, a tal
ponto, que cai totalmente embriagado no pé da palmeira e dorme profundamente. O
infortúnio começa acontecer.
Odùduwà, outro Òrìsà funfun,
o segundo criado por Olódùmarè, por
conceito "irmão mais novo" de Òrìsànlá, ficou enciumado, porque
Olódùmarè tinha entregado a Òrìsànlá o Àpò-Iwá, e o estava seguindo pelos
caminhos do Òrún, esperando que ele cometesse algum deslize, o que de fato
aconteceu. Odùduwà, encontrando-o naquele estado, apodera-se do Àpò-Iwá e
leva-o até Olódùmarè, narrando o acontecido, e, por este fato, Olódùmarè delega
a Odùduwà o poder de criar o Àiyé e por punição incumbe a Òrìsànlá de somente
criar e modelar os corpos dos seres humanos no Òrún, sob sua supervisão e o
proíbe terminantemente de nunca mais beber o emu. Odùduwà, então, cumpre a
tradição e faz as obrigações, para se tornar o progenitor dos Yorubas, do Mundo
: Olófin Odùduwà, o futuro Àjàlàiyé.
Desde então a relação tempestuosa entre Odùduwà e Obàtála
Se perpetuou,
ora em disputas, discórdias, controvérsias e de outras formas, mas sempre
munindo a eterna rivalida
ADÉ ARÉ
ODÙDUWÀ - Oba Óòni Ifé
Suposta
relíquia de Odùduwà,
Seria um ou
seu Ade de Óònì de Ifé, aqui sem Aré propriamente dito (lerabaixo).
O Are propriamente dito.
(acima)Este é o Ade principal do Óònì de Ifé, fotos acima, guardado em
uma sala especial do Palácio Real de Ifé. O Are era originalmente somente a
parte mais externa da coroa que dizem foi usada por
Odùduwà, o Are é passada de um Óònì para o
outro e nunca deve ser substituído, as outras partes podem ser escolhidas
livremente por cada um. O Aré se tornou o próprio nome da coroa : Adé Aré. –
Óònì de Ilê-Ifé :
Oba Adésojí Adérèmí, Atóbatélè I (02/09/1930-80), nascido em 15/11/1889, no da Familia Real de Lajodogun. Usando o Ade Are das fotos acima.
Ade Olójúmérìndilógún, é a coroa possuidora de 16 faces, que para alguns, faz alusão aos possíveis 16 filhos de Odùduwà. Pode se ver o Oba Owá usando este tipo de ade.
A FORMAÇÃO DA NAÇÃO YORUBA
À partir de alguns dos filhos ou
netos de Olófin Odùduwà, Óònì de
Ilê-Ifé, Oba dos Ifé e Bàbánláàwa dos Yoruba :
Uma Princesa, de nome desconhecido : filha ou neta de Odùduwà, que casou-se com um sacerdote, e foi mãe de Ajíbósìn, que se tornou o Olówu de Òwu. Ou não foi uma princesa e sim uma das esposas de Odùduwà : Omìtótó-Òsé, que foi a mãe de Ajíbósìn.
Uma Princesa, de nome desconhecido : filha ou neta de Odùduwà, que casou-se com um sacerdote, e foi mãe de Ajíbósìn, que se tornou o Olówu de Òwu. Ou não foi uma princesa e sim uma das esposas de Odùduwà : Omìtótó-Òsé, que foi a mãe de Ajíbósìn.
Sopasan. Alákétu de Kétu, filho de
Odùduwà com Omonide, uma de suas esposas; ou foi filho de uma princesa, filha
ou neta de Odùduwà, de nome desconhecido, ou, que se chamava Oluwunku, que se
casou com Paluku e foram então os pais de Sopasan, o qual fundou, num vale do
monte Òkè-Oyan, a primeira cidade dos Kétu, que se chamou Arò-Kétu. O sétimo
Alákétu o Oba Ede, transferiu sua corte da então capital do reino, Arò-Kétu
para uma que fundou, à atual cidade de Kétu, hoje na República do Benin.
Ajagunlà. Òrángún de Ìlá,
Nome desconhecido. Onisabe, Reino dos Save, hoje na República do Benin.
Idekòséroàké também conhecido como
Okànbí Odara : Onípòpó, Reino dos Pòpó, hoje na República do Benin.
Òrànmíyàn : Obaàbínín da cidade do Benin, destronando e o expulsando Ogìso, inicia a linhagem dos Oba no Benin, sua dinastia tem continuidade com Èwékà, seu filho com uma mulher do local, que o sucedeu após ele, Òrànmíyàn deixar a cidade.
Òrànmíyàn : Aláàfin dos Oyó, funda a
cidade após a conquista da cidade do Benin. Oyó se tornou um grande Reino e
mais tarde, um poderoso Império.
Àjàlekè : Aláké dos Ègbá.
Ajíbógun : Owá Obókun das terras de
Ilesa - Ijesa.
Obàlùfan
Aláyémore : Olùfan de Ifan .
Àjàpondà : Déji de Àkúré.
Olúgbórógan : Awùjalè das terras de
Ìjèbu.
Obaràdà : Um Reino, hoje na República
do Benin.
Onínàná : Um Reino, hoje na República
de Gana.
Ogbè : Ajèro de Ìjero.
O Clã dos Ido, das terras de Ègbádò, hoje parte destas cidades como Pobé, Saketé e Ajase ( Porto Novo) estão na República do Benin, os Ìgbómínà.
Odùduwà Odùduwà chegando ao Àiyé, cria tudo o que era necessário e delega poderes às divindades que o seguiram, conhecidos como os Àgbà*, para governarem a criação, e volta ao Òrún, e só retornaria quando tudo estivesse realmente concluído. Òrìsànlá, que tinha ficado no Òrún com seus seguidores, já tinha moldado corpos suficientes para povoar o inicio do mundo, vai então para o Àiyé, com seus seguidores, os Funfun*; fato que ocorre antes da volta de Odùduwà para o Àiyé. *Anexos.
Quando Olófin Odùduwà retorna ao
Àiyé, funda a cidade de Ilê-Ifé, e vem a ser o primeiro Oba (rei) do povo
yorubano com o titulo de "Oba Óòni", ou seja, o primeiro Óòni de
Ifé, e a cidade se torna a morada dos deuses e dos novos seres.
Durante todo este tempo, Odùduwà que
já estava casado com Ìyá Olóòkun, divindade feminina, responsável e dona dos
mares, tem dois filhos, o primogênito, a divindade Ògún e uma filha de nome
Ìsèdélè. O tempo passa, e Odùduwà, que era uma divindade negra, porém albina,
incumbe seu filho Ògún de ir para a aldeia de Ògòtún, vizinha de Ifé, conter
uma rebelião.
Ògún, divindade negra, senhor do
ferro.
Parte para sua missão e realiza o intento, trazendo consigo Lakanje,
filha do rebelde vencido. Ora, Lakanje era espólio de Odùduwà, o Óòni de lfé,
portanto intocável, mas Lakanje era muito bela e extremamente sensual e Ògún
não resistiu aos seus encantos e com ela teve várias noites de amor, durante
sua viagem de volta. Chegando a lfé, ele entrega os espólios da conquista,
inclusive Lakanje, a seu pai Odùduwà, que também não resistiu aos lindos
encantos da mortal Lakanje e por ela se apaixona e acabaram por casar-se.
Ògún nada tinha contado a seu pai dos fatos ocorridos e logo após o casamento
Lakanje está grávida, desta gravidez nasce um filho de nome Odéde.
Só que o destino foi fatídico, Odéde
nasceu metade negro,
Como a pele de Ògún e metade branco, como a pele do
albino Odùduwà, revelando assim, a traição de Ògún para com a confiança do
seu pai, esta situação gerou muita discussão entre Odùduwà e Ògún, mas a
principal foi "quem tinha razão", ou, quem teria mais
"genes" no filho em comum, Odéde, e cada um se posicionava com a
seguinte frase : "a minha palavra triunfou" ou "a minha palavra
é a correta", que aglutinada é Òrànmíyàn e foi assim que ele passou a
ser chamado e conhecido.
Com Lakanje, uma das muitas esposas de Odùduwà.
Com outras, teve ou já tinha mais seis filhos, outros dizem
dezesseis, uns, um número maior ainda, enfim, alguns dos filhos destas
esposas, geraram as linhagens dos Obas Yorubanos, uns foram os precursores de sete das principais tribos, ou mais, que
deram origem à civilização dos yorubas, e religiosamente falando, todos os
povos do mundo. Os filhos, netos ou bisnetos de Odùduwà, os deuses,
semideuses e/ou heróis, formaram a base da nação yoruba, portanto Olófin
Odùduwà Àjàlàiyé é aclamado como "O Patriarca dos Yorubas". *Anexo
Obàtálá (Òrìsànlá) Que também já
estava no Àiyé com sua comitiva, mas devido a grande rivalidade com Odùduwà,
foi expulso de Ilê-Ifé e funda a cidade de Ìgbò e se torna o primeiro Obà
Ìgbò chamado também de Bàbá Ìgbò, pai dos ìgbòs. Numa sociedade polígama,
Òrìsànlá é um caso raro de monogamia, pois a divindade Yemowo foi sua única
esposa e não tiveram filhos.
|
Òpá Òrànmíyàn, em Ilê-Ifé, mais
fotos e dados em Òrànmíyàn -
Òrànmíyàn
Após grandes vitórias, Òrànmíyàn
torna-se o braço direito de seu pai em Ilê-Ifê, pois seus outros irmãos foram
povoar regiões distantes, menos Obàlùfan Ògbógbódirin. Odùduwà ordena então
que Òrànmíyàn conquiste terras ao norte de Ifé, mas Òrànmíyàn não consegue
cumprir a tarefa e sai derrotado e, com vergonha de encarar seu pai, não
volta mais a Ifé, com isso funda uma nova cidade e lhe dá o nome de Oyó,
tornando-se o primeiro Oba Aláàfin de Oyó.
Casado com Morèmi, uma bela mortal ,nativa
de Òfà ,que se tornou mais tarde uma heroína em Ilê-Ifé, da qual tem um
filho, que recebe o nome de Ajaká. Após algum tempo, Òrànmíyàn investe em
novas conquistas e volta a guerrear contra a Nação dos Tapas, onde havia sido
derrotado, mas desta vez consegue uma grande vitória sobre Elémpe, na época
rei dos Tapas. Por sua derrota, Elémpe entrega-lhe sua filha Torosí, para que
se case com ele. Retornando a Oyó, Òrànmíyàn casa-se com Torosí e com ela tem
um filho, chamado de Sàngó, um mortal, nascido de uma mãe mortal e um pai
semideus, portanto com ascendentes divinos por parte de pai.
Após este período com inúmeras
vitórias, a cidade de Oyó torna-se um poderoso império, Òrànmíyàn,
prestigiado e redimido de sua vergonha, volta para Ilê-Ifé, deixando em seu
lugar, em Oyó, o príncipe coroado, seu filho Ajaká, que torna-se o segundo
Aláàfin de Oyó.
Em uma de suas conquistas, a da
cidade de Benin, anterior a fundação de Oyó, Òrànmíyàn termina com a dinastia
de Ogìso, o então rei, expulsando-o e assumindo o trono, tornando-se o
primeiro Obabínín, e inicia sua dinastia tendo um filho, chamado Èwékà, com
uma mulher do local. Antes de deixar a cidade, ele torna Èwékà como seu
sucessor no trono do Benin. (Atual cidade na Nigéria, antigo Reino do Benin,
não confundir com a República do Benin, antigo país chamado Daomé.)
Durante sua longa ausência em
Ilê-Ifé, Obàlùfan Ògbógbódirin ,seu irmão mais velho, se tornou o segundo
Óòni de Ifé, após o reinado de Odùduwà. Quando Obàlùfan morreu, e ninguém
sabia do paradeiro de Òrànmíyàn, o povo de Ifé aclamou Obàlùfan Aláyémore
como sucessor direto de seu pai.
Quando Òrànmíyàn chega em Ifé,
Obàlùfan Aláyémore já reinava como o terceiro Óòni de Ifé, mas com um fraco
reinado. Enfurecido com o povo de Ifé que haviam aclamado Aláyémore, e que o
tinham chamado para combater possíveis inimigos, o poderoso guerreiro
colérico ,comete varias atrocidades e só para quando uma anciã grita
desesperada que ele está destruindo seus "próprios filhos", o seu
povo. Atônito, ele finca no chão seu asà (escudo) que imediatamente se
transforma em uma enorme laje de pedra ,num lugar hoje chamado de "Ìta
Alásà" ,e decide ir embora e nunca mais voltar à Ifé.
Quando rumava para fora dos arredores
de Ifé ,em Mòpá, foi interceptado pelo povo que o saudavam como Óòni de Ifé e
suplicavam por sua volta. Ele então satisfeito e envaidecido ,atende ao povo
e finca no chão seu òpá (seu bastão de guerreiro) transformando-o em um
monólito de granito (ver foto : Òpá Òrànmíyàn) selando assim o acordo com o
povo e volta em uma procissão triunfante ao palácio de Ifé.
Sabendo disso, Obàlùfan Aláyémore
abandona o palácio e se exila na cidade de Ìlárá. Òrànmíyàn ascende ao trono
e se torna o 4ª Óòni de Ifé até sua morte. Obàlùfan Aláyémore, retorna do
exílio e reassume como o 5ª Óòni de Ifé e reina deste vez, com sucesso até a
sua morte.
|
Adé Òrìsà, tipo de coroa real
tradicional, somente usada por alguns privilegiados reis que sejam descendentes
de Odùduwà. -
Ajaká O Aláàfin de OYO, o Oba Ajaká, meio irmão de Xàngó, era muito pacifico, apático e não realizava um bom governo. Xàngó, que cresceu nas terras dos Tapas ( Nupe), local de origem de Torosí, sua mãe, e mais tarde se instalou na cidade de Kòso, mesmo rejeitado pelo povo por ser violento e incontrolável, mas sendo tirânico, se aclamou como Oba Kòso. Mais tarde, com seus seguidores, se estabeleceu em OYO, num bairro que recebeu o mesmo nome da cidade que viveu, Kòso e com isso manteve seu titulo de Oba Kòso. Xàngó percebendo a fraqueza de seu irmão e sendo astuto e ávido por poder, destrona Ajaká e torna-se o terceiro Aláàfin de OYÓ.
Ajaká, também chamado de Dadá,
exilado, sai de OYÓ para reinar numa cidade menor, Igboho ,vizinha de OYÓ, e
não poderia mais usar a coroa real de OYÓ. E, com vergonha por ter sido
deposto, jura que neste seu reinado vai usar uma outra coroa (ade), que lhe
cubra seus olhos envergonhados e que somente irá tira-la quando ele puder
usar novamente o ade que lhe foi roubado. Esta coroa que Dadá Ajaká passa a
usar, é rodeada por vários fios ornados de búzios no lugar das contas
preciosas do Ade Real de Oyó, e esta chama-se Ade Bayánni (ver fotos). Dadá
Ajaká então casa-se e tem um filho que chama-se Aganju, que vem a ser
sobrinho de Sàngó.
Xàngó reina durante sete anos sobre
Oyó e com intenso remorso das inúmeras atrocidades cometidas e com o povo
revoltado, ele abandona o trono de Oyó e se refugia na terra natal de sua mãe
em Tapa. Após um tempo, suicida-se, enforcando-se numa árvore chamada de àyòn
(àyàn) na cidade de Kòso. Com o fato consumado, Dadá Ajaká volta à Oyó e
reassume o trono, retira então o Ade Bayánni e passa a usar o Ade Aláàfin,
tornando-se então o quarto Aláàfin de Oyó. Após sua morte, assume o trono seu
filho Aganju, neto de Òrànmíyàn e sobrinho de Sàngó, tornando-se o quinto
Aláàfin de Oyó.
Com Aganju, termina o primeiro
período da formação dos povos Yoruba e após seu reinado se dá inicio ao
segundo período, o dos reis históricos. Vimos : "De Ifé até Oyó, de
Odùduwà a Aganju, passando por Sàngó."
|
Adé Bayánni, tipo de coroa usada
por Dadá Ajaká, durante seu exílio na cidade de Igboho. Veja este e outros
ampliados em Bayánni -
Xàngó
O que notamos nesse primeiro período
yorubano, é que na realidade, o que se fala de Sàngó, e a sua história nos
Candomblés do Brasil, e de outros acima descritos, é incorreto, levando os
fiéis a crer em fatos irreais.
Inicialmente, averiguamos que Odùduwà
é um Òrìsà funfun masculino e único, é o pai do povo yorubano e não uma
simples "qualidade" de Òrìsànlá ou seja, são divindades totalmente
distintas, inclusive, não se suportavam, pelos fatos vistos; e que também Ìyá
Olóòkun, é um Òrìsà feminino e a Dona do Mar, portanto da água salgada, é
quem governa os oceanos e não o Òrìsà Yemojá, "Senhora do rio Yemojá e
do rio Ògùn", divindade de água doce, e muito menos mãe de Ògún e de
outros filhos Òrìsà à ela atribuídos. Notar a acentuação diferente no nome do
Òrìsà Ògún e do rio, pois são palavras distintas.
Quanto a Sàngó, demonstramos que foi
um mortal em sua vida no Àiyé, portanto quando morreu, tornou-se um egún,
pois seus pais eram mortais. O que ocorreu em sua vida, foi que uma de suas
esposas, e a única que o acompanhou em sua fuga de Oyó, era a divindade Oya,
loucamente apaixonada por ele, e no instante de sua morte ela o pega com o
seu poder de Òrìsà e o conduz diretamente a Olódùmarè, e por insistência de
Oya, Ele o "ressuscita" como uma divindade, já que em vida, Oya,
perdida de amores, ensina-lhe vários segredos dos Òrìsà, principalmente o
segredo do fogo que pertencia somente a Oya, que ela lhe ensina e lhe dá este
poder e outros, por paixão.
Esta afirmação é facilmente notada,
pois Sàngó é a única divindade do panteão que é assentada de forma material
completamente diferente, isto é, em madeira, numa gamela sobre um pilão, sua
roupa ritual é composta de várias tiras de panos, coloridas e soltas, caindo
sobre as pernas, que lembra perfeitamente o tipo de roupa usada pelos Bàbá
Egúngún (ancestrais) e seu animal preferido para sacrifício é também o mesmo
dos egún, dos mortos comum, o carneiro; existe também outras minúcias, que
aqui não cabe mencionar. Leia em artigos : O Culto dos Egúngún
Nos Candomblés, citam Ajaká e Aganju como
sendo "qualidades" de Sàngó, que agora sabemos isto não é possível,
pois, Ajaká é seu meio irmão e Aganju é filho de Dadá Ajaká, portanto seu
sobrinho, notoriamente pessoas mortais e completamente distintas, que fazem
parte da família de Sàngó, mas não tiveram a honra de tornarem-se Òrìsà, mas
são ancestrais ilustres. Também no Brasil, faz-se uma cerimônia chamada de
"Coroa de Dadá" ou "Adê Baiani". que a coroa é levada
ritualmente em uma charola durante as festas do ciclo de Sàngó chamada de
Banni ou lyamasse, que representa a mãe de Sàngó. Ora, sabemos que quem usou
este ade foi, Ajaká, apelidado de Dadá, de quem Sàngó lhe roubou o trono, e
que a mãe de Sàngó foi Torosí, filha de Elémpe, rei dos Tapa, e que ela não
tem nenhuma importância teológica, somente histórica, por ter sido mãe de um
Aláàfin.
Não estamos desmerecendo e nem
tampouco desprestigiando o Òrìsà Sàngó, somente tentamos elucidar fatos
notoriamente conhecidos na terra dos Yorubas, sob os aspectos histórico,
através da tradição oral, e divino que se convergem e se conservam na
grandiosidade de Sàngó.
NOTA* : Os mitos e/ou fatos
relatados, são baseados em dados religiosos, por vezes dogmáticos, que
pertencem ao corpo da tradição oral yorubana. Sob o ponto de vista
cientifico, são considerados parcialmente históricos, pois não são dados
comprovados por documentos e nem tampouco pela arqueologia, que pouco
investiu, os "pouquíssimos" artefatos que foram achados e datados
pelo carbono 14, são de datas recentes, perto da longínqua História da Civilização
Yoruba. No contraponto, em nenhum momento afirmamos que não exista a História
dos Yorubas, isto sim, seria um absurdo afirmar. A tradição oral pode ser
contraditória e a cronologia praticamente inexistente, pela forma cultural
dos yorubas mensurarem o tempo, mas jamais poderá ser negligenciada e nem
tampouco rejeitada.
*Nota atual do autor para este site.
|
O
atual Óònì Ilê-Ifé, Oba Okunade Sijuwade, Olúbùse II ,coroado em 1980,
nasceu em 1º de janeiro de 1930, no clã (egbe) Óòni Ilare, da Familia Real de
Ogbooru. -
Estatua
da figura de um Óònì não identificado, artefato arqueológico do século XIV ou
XV, achado no sitio de Ìta Yemòmó, em Ilê-Ifé. A peça esta exposta no Museu de
Ife.
Os Àgbàgbà
Os "dezesseis" àgbà (anciões)
que vieram com Odùduwà para criar o Àiyé, que por este motivo se tornou Olófin
Odùduwà, o Àjàlàiyé.

Que dizem representar o segundo Óòni de Ilê-Ifé, o Oba Obàlùfan Ògbógbódirin, filho de Odùduwà, alguns falam que foi o primeiro Oba a ser realmente coroado e o primeiro a usar a então tradicional coroa, o Ade Aré. -
1. Òrúnmìlà ou Àgbónmìrégún :
"Senhor do Oráculo de Ifá", foi o primeiro companheiro e o Chefe
Conselheiro de Odùduwà, um primeiro ministro, orientando sobre tudo e a todos,
inclusive em assuntos governamentais de Ilê-Ifé.
2. Obàtálá : também chamado de Òrìsànlá
: considerado o primeiro e principal artesão, por modelar os corpos dos seres
humano, é aclamado como Alámòrere, "Senhor da boa argila", por
extensão, o patrono dos artistas, principalmente dos escultores.
3. Olúorogbo ou Òrìsà Aláse. Foi o
terceiro àgbà em importância depois de Odùduwà, aquele que foi o "Salvador
do Mundo", que fez chover numa grande seca, pois foi o chefe mensageiro
entre o Oba Orún e o Oba Àiyé, ou seja entre Olódùmarè e Odùduwà.
4. Obamèri.Também chamado de Alapa-Aharemadà : foi o seu "general".
5. Orèlúéré ou Orè (Oré). Olóde Orè, o
chefe dos caçadores e guardião das tradições e da moral. Para uns, após Odudùwà
ter criado o mundo, o primeiro a pisar na terra e depois explora-la, foi Olóde
Orè, antes de qualquer um, como manda a tradição era uma das funções dos caçadores,
por isto é também aclamado como Onílè, "Senhor da terra". Dizem que
mais tarde, ele se tornou um dos companheiros de Òbàtálá.
6. Obasìn ou Èsù Obasin. Era quem controlava os intempéries da natureza, e mais tarde, tornou-se o principal assistente de Òrúnmìlà.
7. Obàgèdè ou Obàgîdî. Foi o chefe mensageiro de Obamèrì.
8. Ògún. Foi o chefe dos guerreiros.
9. Obamakin. sem dados ...........................
10. Obawinni Oreluko. Também chamado
de Oro-Apasa ,que mais tarde se tornou se tornou um dos companheiros de
Òbàtálá, foi ele quem tornou Òbàtálá o 1º Oba dos Ìgbò, quando da retirada
deles de Ilê-Ifé, imposta por Obamèri. Depois que Òbàtálá se foi, ele os
liderou e se tornou o 2º Oba dos Ìgbò.
11. Aje Sàlugá. "Senhor da Riqueza", foi o "financeiro" de Odùduwà. Outras fontes dizem que foi uma filha de Olóòkun com Odùduwà. É interessante notar, que como divindade masculino, seu símbolo seja uma grande concha marinha, que estranhamente é também um dos símbolos de Olóòkun.
12. Èrìsilè. Sem dados ..........................
13. Élésìje. Foi um ervanário, que iniciou a pratica da medicina tradicional.
14. Olósé. Sem dados
..........................
15. Alajó. Sem dados ..........................
16. Èsìdálè. que cuida daqueles que morrem tragicamente, como mulheres que morrem ao dar à luz, inclusive osOutros, incluem na comitiva :
Olóòkun : A primeira e favorita esposa
de Odùduwà. A Deusa do Mar.
Òrìsàtéko Ìjùgbè ou Obaresé : um grande guerreiro e companheiro muito ligado a Obàtálá.
Yemowo : que foi a única esposa de
Obàtálá.
Outros não consideram Obàtálá como um
dos 16, pois chegou somente após os 16, porém, antes da segunda vinda de
Odùduwà.
Uns dos seus partidários, dos 16, foram
Orèlúéré e Obawinni.
Os Òrìsà Funfun
Os "Òrìsà Funfun" são
aqueles que vieram com Òbàtálá, seu líder, para Àiyé, ou
posteriormente, aderiram ao grupo ou a ele. Praticamente são considerados como
um clã ou sua "própria família". Òbàtálá se tornou o mais
conhecido e reverenciado de todos os Òrìsà, por toda terra dos Yorubas e por extensão em todo o Mundo.
Imagens de Òbàtálá e Yemowo. Sua única esposa, no templo de Ìdèta-Ilê em Ilê-Ifé, no bairro de Itapa, anteriormente era no bairro de Ìdèta. - Alguns dos Òrìsà Funfun* :
Òrìsàála - Òrìsà-nla - Òsàla - ou Òbàtálá. O primeiro Òrìsà a ser criado por Olódùmarè.
Òrìsàteko ou Eteko Oba
Dùgbè : Um grande guerreiro associado aÒbàtálá nas longas disputas de
liderança com Odùduwà. Como seu principal templo é em Ìjúgbè, é também
conhecido por Òrìsà Ìjùgbè. Este Òrìsà também esta relacionado
com a agricultura, dizem que foi o primeiro a cultivar o inhame.
Òrìsà Akiré.
Um guerreiro
poderoso e rico e que tinha muitos escravos, tudo oriundo de espólios de suas
conquistas. Seus principais templos são em Ìlàré e em Arùbídì. Dizem
uns que Òrìsàkiré é um Òrìsà da paz, da produtividade e da
opulência.
Òrìsà Aláse ou Olúorogbo.
Divindades.
Que tem como rito comum o uso de elementos e oferendas de cor branca ou
derivada, e tabus alimentares ou outros, por vezes também semelhantes. Quando
não, são também assim chamados por fazerem parte do processo da criação - que
são os casos, principalmente de Odùduwà e Òrúnmìlà.
O rito e o culto dos Òrìsà funfun ( Branco), são tão semelhantes ou quase idênticos, que em vários casos é difícil distinguir se se trata de (divindades distintas ou são qualidades de Òbàtálá0), ou ainda, somente nomes diferentes do mesmoÒbàtálá. Pode, por estes ou outros inúmeros fatores, que o levaram a ser o mais conhecido Òrìsà do panteão, obviamente, sem se esquecer da sua real importância na gênesis yoruba.
ODU TORNA-SE ÌYÁMI.
"Nos primórdios da criação, Olodumaré, o Ser Supremo que vive
no orun, mandou vir
ao aiyé (universo
conhecido) três divindades: Ogun (senhor
do fèrro), Obarixá (senhor
da criação dos homens) (2) e Odu,
a única mulher entre eles. Todos eles tinham poderes, menos ela, que se queixou
então aOlodumarê. Este lhe
outorgou o poder do pássaro contido numa cabaça (igbáeleiye) e ela se tornou então, através do poder emanado
de Olodumarê,Ìyáwon, nossa mãe para eternidade
(também chamada de Iyami Oxoronga, minha mãe Oxorongá). Mas Olodumarê a preveniu de que
deveria usar este grande poder com cautela, sob pena de ele mesmo repreendê-la.
Mas ela abusou do poder do
pássaro. Preocupado e humilhado, Obarixá foi
até Orunmilá fazer o
jogo de Ifá, e ele o
ensinou como conquistar, apaziguar e vencer Odu, através de sacrifícios, oferendas e astúcia.
Obarixá e Odu foram viver juntos. Ele então lhe
revelou seus segredos e, após algum tempo, ela lhe contou os seus, inclusive
que adorava Egun. Mostrou-lhe a roupa de Egun, o qual
não tinha corpo, rosto nem tampouco falava. Juntos eles adoraram Egun.
Aproveitando um dia quando Odu saiu de casa. Ele modificou e vestiu a roupa de Egun. Com um bastão na mão, Obarixá foi à cidade (o fato de Eguncarregar um bastão revela toda a sua ira) e falou com todas as pessoas. quando Odu viu Egun andando e falando, percebeu que foi Obarixá quem tornou isto possível. Ela reverenciou e prestou homenagem a Egun e aObarixá, conformando-se com a supremacia dos homens e aceitando para si a derrota. Ela mandou então seu poderoso pássaro pousar em Egun, e lhe outorgou o poder: tudo o que Egun disser acontecerá. Odu retirou-se para sempre do culto de Egungun."
O conjunto homem-mulher dá vida a Egun (a
ancestralidade), mas restringe seu culto aos homens, os quais, todavia, prestam
homenagem às mulheres, castigadas por Olodumarê através dos
abusos de Odu. Também por esta razão é que as mulheres mortas são
cultuadas coletivamente, e somente os homens têm direito à individualidade,
através do culto a Egun.
Um dos Orixás funfun. Isto é, Orixás que têm como principal preceito o uso do branco nos ritos e nas oferendas; em algumas regiões ; Obarixá é adotado como um cognome de Oxalá.
Os textos litúrgicos aqui apresentados fazem parte do jogo de Ifá. No qual. seu senhor e oráculo, a divindade Orunmilá, nos ensina mitos e tradições que foram mantidos através do próprio jogo. Esses conhecimentos, transmitidos a todos oralmente, hoje se tornaram verdadeiras escrituras sagradas .
Através deles entendemos o porquê de certos ritos e preceitos usados e conservados no dia-a-dia dos cultos. Vários textos explicam o mesmo fato ou se complementam, e às vezes de forma diferente e aparentemente contraditória; mas isto é reflexo de se terem originado em diferentes regiões. De uma forma ou de outra, porém, chegam aos mesmos fundamentais conceitos religiosos.
(1) Atualmente, vários pesquisadores já registraram em livros as lendas colhidas oralmente entre os iniciados.
Os mortos do sexo feminino são chamados de Ìyámi Agba (Minha mãe anciã) e cultuado como uma energia ancestral coletiva, representada porÌyámi Oxorongá. -
Os mortos do sexo feminino são chamados de Ìyámi Agba (Minha mãe anciã) e cultuado como uma energia ancestral coletiva, representada porÌyámi Oxorongá. -
ORIGENS.
De quatro em quatro dias (uma
semana iorubana), Iku (a Morte) vinha à cidade de Ilê-Ifé munida
de um cajado (opá iku) e matava indiscriminadamente as
pessoas. Nem mesmo os Orixás podiam com Iku.
Um cidadão chamado Ameiyegun prometeu salvar as pessoas. Para tal, confeccionou uma roupa feita com várias tiras de pano, em diversas cores, que escondia todas as partes do seu corpo, inclusive a própria cabeça, e fez sacrifícios apropriados. No dia em que a Morte apareceu, ele e seus familiares vestiram as tais roupas e se esconderam no mercado.
Um cidadão chamado Ameiyegun prometeu salvar as pessoas. Para tal, confeccionou uma roupa feita com várias tiras de pano, em diversas cores, que escondia todas as partes do seu corpo, inclusive a própria cabeça, e fez sacrifícios apropriados. No dia em que a Morte apareceu, ele e seus familiares vestiram as tais roupas e se esconderam no mercado.
Quando a Morte chegou, eles apareceram pulando, correndo e gritando com vozes inumanas, e ela, apavorada, fugiu deixando cair seu cajado. Desde então a Morte deixou de atacar os habitantes de Ifé.
Os babalawos (adivinhos e sacerdotes de Orunmilá) Disseram a Ameiyegunque ele e seus familiares deveriam adorar e cultuar os mortos por todas as suas gerações, lembrando como eles venceram a Morte."
Egunguns.
É a
terminação do nome de Ameiyegun, e é como hoje são conhecidos os
ancestrais do seu clã (Egun ou Egungun). É a vitória da
vida pós-morte: como no mito em que a vida venceu a morte, da mesma forma
os Eguns se apresentam, hoje, cobertos de panos e portando um
cajado.
PORQUE CONSULTAR?
É por meio de Orunmilá-Ifá que as pessoas podem saber como agradar a seus Orixás. Pois ele é o conhecedor do destino de tudo o que há de vivente na Terra – passado, presente e futuro, pois Orunmilá estava presente no momento da criação do mundo; quando é consultado, é capaz de saber qual o destino e o caminho de cada ser humano.
É por meio de Orunmilá-Ifá que as pessoas podem saber como agradar a seus Orixás. Pois ele é o conhecedor do destino de tudo o que há de vivente na Terra – passado, presente e futuro, pois Orunmilá estava presente no momento da criação do mundo; quando é consultado, é capaz de saber qual o destino e o caminho de cada ser humano.
Os yorubás consultam Orunmilá-Ifá antes
de tomar qualquer decisão. Um casamento, um noivado, ou o momento de escolher o
nome de um filho.
Por meio do Jogo de Ifá, podemos traçar
nossos destinos pelo melhor caminho. Pois Orunmilá é o mais atuante e mais
próximo de Olorun. A ele é dado o poder de conhecer nosso destino.
Èxù p ara a cultura Yorùbá, Èsù é o justiceiro Divino, aquele que olha tudo, que leva a Olódùnmarèos anseios do homem e o trás de volta em forma de benefício, Àse ou não.
Tudo o que existe tem sua polaridade, e Èsù será aquele que nos dará a pista de qual o caminho tomar. Elê traduz a linguagem densa de nossa crosta terrestre para chegar nodivino, gerando caminhos (Odú), portanto ele é a primeira semente geradora
Ele será plantado em uma pedra, chamada Yangi na qual os sacerdotes invocarão um espírito, e daí por diante você deverá criar uma afinidade de tal forma que tudo o que faça possa com ele dialogar, em todos os momentos, todos os dias e horas, se não fisicamente, mentalmente, criar uma simbiose. Forças são energias vivas que não podem ficar paradas, se você não tem este contato, com o tempo se vão, e aí você perderá novamente este elo de ligação, e só lhe restará uma pedra.
Yangi é o primeiro ser criado da existência, É conhecido
como Èsù Agba. A ancestral primordial, e seus assentamentos
mais antigos tradicionais eram simples pedras de lateritavermelha,
colocadas no chão e, onde eram feitas suas oferendas e
sacrifícios.
Yangi. É o símbolo da existência diferenciada, o elemento
dinâmico que leva a propulsão, à mobilização, à transformação e ao crescimento.
Ele é o principio dinâmico de tudo que existe e do que virá a existir.
Conta a lenda que Exu se descontrolou e passou a devorar toda a preexistência, sendo então obrigado por Orunmilà, após uma longa perseguição, a vomitar tudo de volta. Foi cortado em milhares de pedaços e transforma-se em “hum” multiplicado pelo infinito.
ÈXU
NOMES DOS ESUS E SEUS ATRIBUTOS
YANGI = É o principio de tudo, a própria memória de Olodunmare, seu criador .
AGBA = O mais velho e, por conseqüência, o pai que é retratado no mito em que Orunmila o persegue através dos nove Orun.
IGBA KETA = É o terceiro aspecto mais importante de Exu que está ligado ao numero três, a terceira cabaça, na qual ele é representado pela figura de barro junto aos elementos da criação
OKORITÀ META = É ligado ao encontro dos caminhos ou à encruzilhada: o encontro de três ruas (Y).
OKOTO = É representado pelo caracol-agulha, mostra a evolução de tudo que existe sobre a terra, e está ligado ao Orisà Ajé Saluga, o antigo Orisà da riqueza dos yorubas.
OBASIN = É por este nome que é conhecido e cultuado em Ilé Ifè .
ODARA = É o que, se satisfeito através do sacrifício, traz a felicidade ao sacrificante.
OJISÈ EBÒ = É o que observa todos os sacrifícios rituais e recomenda sua aceitação levando as suplicas a Olodunmare.
ELERU = É o que leva os carregos dos iniciados (Erupin).
ENUGBARIJÒ = (O COLETIVO) É o que devolve a todos o sacrifício em forma de benefícios.
ELEGBARA = É o todo poderoso que transforma o mal em bem, cujo poder reside na transformação das coisas.
GBARA = É um dos mais importantes aspectos de Èsù, pois ele é o Èsù do movimento do corpo humano, infundido no corpo pré-humano, ainda no Orun por Obatalà, sendo “assentado” no momento da iniciação, junto com o Ori e o Orisa indiv
ONA ou OLONA = É o senhor de todos os caminhos.
OLOBÈ ou OBÈ = É o senhor da faca, tem de ser reverenciado ao começar todos os sacrifícios, onde a faca é necessária.
ELEBÒ = É o carregador de todos os Ebòs.
ELEPO = É ele que recebe o sacrifício do azeite de dendê .
INA = Um dos aspectos mais importantes desse Èsù primordial é presidir o Ipade, sendo o dono do fogo.
No Brasil também se cultua os seguintes
Exus:
TIRIRI, ALAKETU, AKESAN, LODE, BARABO,
IJELU,BARA ALAJEKI
Comentários